Rio, 27 - Pr�-candidato do PT ao governo fluminense, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse nesta quarta-feira ao Grupo Estado que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva "deixou claro" o apoio � sua candidatura ao Pal�cio Guanabara - mesmo paralela � do vice-governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB). O apoio a Pez�o tem sido exigido pelo grupo pol�tico do governador S�rgio Cabral Filho (PMDB), que amea�a n�o apoiar a reelei��o da presidente Dilma Rousseff se n�o tiver apoio do PT local. Em entrevista nesta quarta-feira ao jornal "Valor Econ�mico", Lula afirmou que "o projeto principal � garantir a reelei��o de Dilma", mas o petista n�o interpretou essa declara��o como um poss�vel obst�culo � sua postula��o.
"Lula foi muito claro", afirmou. "Vai haver (no Rio) tr�s ou quatro candidaturas, a minha forte, a de Pez�o tamb�m. O que eu acho muito bom." Para Lindbergh, Lula "foi muito elegante", ao reconhecer que "todo mundo tem direito a se candidatar". Na entrevista, o ex-presidente disse que Lindbergh pode ser candidato a governador do Rio de Janeiro "sem causar problema".
O senador reconheceu que a rela��o com o bloco de Cabral "est� ruim", depois da divulga��o, pela revista "�poca", de reportagem sobre investiga��o por suposto desvio de dinheiro da prefeitura de Nova Igua�u que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Lindbergh. Segundo a publica��o, a fonte das informa��es foi o PMDB. "Mas quero dizer que Lula deixou claro a minha candidatura", refor�ou. Ele lembrou que, no primeiro turno de 2002, Lula concorreu � Presid�ncia com dois candidatos a governador do Rio: Vladimir Palmeira (PT) e Marcelo Crivella (PRB). Lindbergh avalia que em v�rios Estados a presidente Dilma ter� mais de um palanque em 2014.
Conflito
O ambiente de confronto entre PT e PMDB continua, apesar das negativas de Cabral e do presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, de vincula��o com a divulga��o do dossi�. Petistas ligados a Lindbergh, por�m, avaliam ter identificado o Pal�cio Guanabara como fonte dos documentos. Os dois lados assumiram postura mais cautelosa nos �ltimos dias, evitando declara��es mais duras.