Lula defende que caixa dois seja "crime inafian��vel"

Ao participar de um debate com empres�rios nesta ter�a-feira em S�o Paulo, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva defendeu o financiamento p�blico exclusivo de campanhas eleitorais e afirmou que a doa��o de empresas privadas a candidatos deveria ser considerada “crime inafian��vel”.

“Eu sou defensor do financiamento p�blico de campanha como forma de moralizar a pol�tica. E, mais ainda, eu acho que n�o s� se deveria aprovar o financiamento p�blico de campanha como tornar crime inafian��vel o financiamento privado”, afirmou o ex-presidente durante um evento promovido pelo jornal Valor Econ�mico.

Essa ideia j� havia sido defendida por Lula no fim de fevereiro, em ato do PT em Fortaleza. O partido tem levantado a bandeira da reforma pol�tica, com foco no financiamento p�blico de campanha, por considerar que essa seria uma maneira de evitar que esc�ndalos como o mensal�o voltem a acontecer. Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter julgado que o caso consistiu em um esquema de compra de votos em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o PT afirma que o que houve foi caixa 2 para pagamento de d�vidas de campanha.

O ex-presidente tamb�m defendeu a necessidade da reforma pol�tica, mas se mostrou c�tico quanto � possibilidade de o Congresso aprov�-la, mesmo com a possibilidade de um projeto que trata do assunto entrar na pauta nas pr�ximas semanas. “Eu n�o acredito que o Congresso v� votar a reforma porque as pessoas que est�o l� querem continuar com o status quo que t�m hoje.” Para resolver o impasse, Lula voltou a propor a elabora��o de uma constituinte exclusiva para discutir o assunto.

Democracia

Num balan�o com perspectiva hist�rica, o ex-presidente afirmou que a altern�ncia de poder entre PSDB e PT ajudou a consolidar a democracia brasileira. Em um raro momento de tr�gua com os tucanos, chegou a dizer que a elei��o de Fernando Henrique Cardoso em 1994 “foi um avan�o para a democracia”.

Lula evitou ainda fazer cr�ticas ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, que poderia deixar a base aliada para concorrer � Presid�ncia. “Todo brasileiro com mais de 35 anos tem o direito de se candidatar”, disse ao ser questionado sobre o pernambucano. As informa��es s�o do jornal