Bras�lia, 29 - A negocia��o de Dilma Rousseff com o PR para a escolha do novo ministro dos Transportes provocou um racha no partido aliado. A prefer�ncia da presidente pelo ex-senador baiano e hoje vice-presidente do Banco do Brasil C�sar Borges contraria os deputados federais, que n�o se dizem representados por ele, apesar de compartilharem a legenda. A bancada amea�a at� embarcar no projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), caso n�o seja ouvida.
Em p�blico, o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), nega j� ter tratado de indica��es com Dilma. Mesmo assim, diz apoiar a sondagem feita pelo governo para emplacar Borges no cargo. "� um excelente nome", disse ele ao Estado. Desde a "faxina" administrativa que derrubou o pr�prio Nascimento do cargo em 2011 os parlamentares do PR est�o em p� de guerra com a c�pula do partido.
Parte se sente tra�da por Nascimento e diz preferir a manuten��o do ministro Paulo S�rgio Passos a deixar o cargo com Borges. Passos � filiado ao PR, mas, para os que mandam no partido, ocupa o Minist�rio dos Transportes "na cota pessoal" de Dilma - ele n�o tem liga��o direta com os integrantes mais "org�nicos" da sigla.
O argumento dos deputados do PR � um s�: j� que a lideran�a n�o ser� pol�tica, que seja t�cnica. Nas �ltimas semanas, o governo vem cozinhando em banho-maria a escolha para os Transportes. A demora do an�ncio levou o l�der do partido na C�mara, Anthony Garotinho (RJ), a dizer que "o PR est� muito magoado com a presidente Dilma".
Numa refer�ncia indireta a Campos, Garotinho disse que o PR � "indispens�vel para inviabilizar o projeto dos advers�rios" do PT na campanha presidencial do ano que vem. "Ela (Dilma) n�o precisa do tempo do PR, porque tem o do PT, do PMDB, entre tantos, mas tamb�m n�o quer que nosso tempo v� para outros candidatos", afirmou Garotinho, em alus�o ao espa�o de 1 minuto e 10 segundos que a sigla tem na propaganda pol�tica de TV. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.