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Estado de Minas

Camaradas ensaiam briga de foice ap�s v�deo do PCdoB


postado em 31/03/2013 06:00 / atualizado em 31/03/2013 07:56

Uma propaganda institucional do PCdoB veiculada nacionalmente na quinta-feira causou espanto e revolta entre os militantes do PCB, principalmente os chamados “militantes da velha guarda”. No v�deo de dois minutos e quinze segundos apresentado pelo presidente do partido, Renato Rabelo, figuras hist�ricas do pa�s s�o apresentadas como m�rtires que foram filiados ou vinculados � hist�ria da legenda. Entre eles, quadros famosos que pertenceram ao chamado “partid�o”, como Lu�s Carlos Prestes, Olga Ben�rio, Jorge Amado e Oscar Niemeyer. “O PCB e o PCdoB est�o em campos pol�ticos opostos. Digamos que nossa rela��o n�o � amig�vel, e essa propaganda causa revolta, principalmente entre os quadros da velha guarda do PCB, eles ficam revoltados quando ouvem o PCdoB tentando utilizar nossa hist�ria para ter ganhos pol�ticos”, afirma o dirigente estadual do PCB e historiador T�lio Lopes.


Segundo o dirigente, a filha de Prestes com Olga, Anita Leoc�dia Prestes �, dentro do “partid�o”, uma das vozes que mais critica a atual postura do PCdoB. Do outro lado da fam�lia, Ana Maria Prestes, neta de Lu�s Carlos Prestes, defende a vers�o do partido ao qual � filiada: o PCdoB. Figuras hist�ricas do PCB, alguns filiados desde a d�cada de 1950, s�o os que mais t�m raiva da nova postura do PCdoB, entre eles Arutana Cob�rio, Jos� Francisco Neres e Jos� Carlos Alexandre. “Isso � uma usurpa��o”, exclama T�lio Lopes, argumentando que o PCdoB estaria negando sua pr�pria hist�ria quando se apropria do passado do PCB. Ele desfila cr�ticas aos colegas comunistas, mas preserva certo respeito ao reput�-los como “representantes de um dos partidos comunistas do Brasil”.

Nascido de uma dissid�ncia do PCB em 1962, o PCdoB reivindica para si a hist�ria do “partid�o”, fundado em 1922. Em 1992, outra dissid�ncia levou � funda��o do PPS, mas o PCB continuou existindo. “O PCB hist�rico se mant�m at� hoje, com registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”, defende T�lio Lopes. “Hoje o PCB est� mais ligado a uma perspectiva socialista, enquanto o PCdoB defende uma perspectiva nacional desenvolvimentista”, diferencia o militante. Segundo ele, o PCdoB seguia uma linha mao�sta, ligada � vis�o pol�tica da China comunista. “Posteriormente o PCdoB aderiu � linha albanesa, mas eles t�m uma heran�a stalinista sim. Na verdade, o PCdoB hoje se afastou de tudo, basta voc� olhar as lideran�as do partido, como Netinho de Paula e Orlando Silva”, critica.

Sobre Jorge Amado, o dirigente do PCB admite que o escritor chegou a se desfiliar de seu partido mas responde: “Ele nunca foi do PCdoB, ele criticava o PCdoB”. O arquiteto Oscar Niemeyer tamb�m, segundo T�lio, seguiu filiado ao “partid�o” at� sua morte, no ano passado. Um artigo do militante Antonio Carlos Mazzeo, publicado no site do PCB, discorre sobre a animosidade entre os dois partidos e condena o que ele classifica como “mentira despudorada”. No texto, intitulado: “PCdoB - Estelionato Pol�tico, Mentira e Manipula��o Desavergonhada”, o professor de ci�ncia pol�tica da Universidade Estadual Paulista (Unesp) se diz nauseado e indignado.


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