Bras�lia, 02 - O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Martins Cardozo, considerou "natural", dentro do sistema pol�tico do Brasil, a antecipa��o da disputa para presidente, a um ano e meio da elei��o de 2014. "A agenda eleitoral brasileira � din�mica. N�s temos elei��o de dois em dois anos. Quando voc� sai de uma elei��o, come�a outra", disse nesta ter�a-feira, minimizando as cr�ticas da oposi��o � presidente Dilma Rousseff, acusada de tirar proveito da exposi��o do cargo para estabelecer vantagem sobre os eventuais advers�rios.
Indagado sobre se n�o seria inadequado, Cardozo insistiu que essa � uma caracter�stica do conjunto eleitoral democr�tico. "Num calend�rio com elei��es a cada dois anos, � absolutamente natural que, quando voc� saia de uma elei��o, voc� j� comece a articular, a pensar a debater outra. � uma realidade brasileira, � um calend�rio que tem essas caracter�sticas e, portanto, nada de novo", refor�ou.
Quanto � reforma ministerial iniciada por Dilma para acomodar aliados insatisfeitos, visando ao pleito de 2014, o ministro da Justi�a n�o quis arriscar qual a extens�o e quais membros do minist�rio estariam assegurados na fun��o. "N�s tivemos uma troca agora no Minist�rio dos Transportes. Evidentemente, todos os ministros s�o subordinados da presidente, que avalia as condi��es pol�ticas e as situa��es que fazem com que n�s permane�amos no cargo ou n�o. A decis�o � da presidente."
Dilma come�ou a reforma em mar�o, com a troca dos ent�o ministros do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, Mendes Ribeiro, e das Secretarias de Avia��o Civil (SAC), Wagner Bittencourt, e de Assuntos Estrat�gicos (SAE) da Presid�ncia da Rep�blica, Moreira Franco. No lugar de Brizola Neto, ficou o novo ministro Manoel Dias. Em substitui��o a Ribeiro, foi nomeado o ministro Ant�nio Andrade. Na SAC, entrou Moreira Franco, e na SAE, est� o ministro interino Marcelo C�rtes N�ri. Nesta segunda-feira (01), o ministro dos Transportes, Paulo S�rgio Passos, foi trocado pelo vice-presidente do Banco do Brasil (BB) e ex-governador da Bahia, C�sar Borges, uma f�rmula para reacomodar o PR na base aliada.