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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade vai ouvir Rom�rio sobre caso Marin


postado em 02/04/2013 19:31 / atualizado em 02/04/2013 19:34

S�o Paulo, 02 - A Comiss�o Nacional da Verdade receber� em audi�ncia, nos pr�ximos dias, o deputado Rom�rio (PSB-RJ), presidente Comiss�o de Turismo e Desporto da C�mara. O encontro atende a solicita��o do pr�prio deputado, que vai pedir ajuda para o esclarecimento das den�ncias de envolvimento do atual presidente da Confedera��o Brasileira de Futebol (CBF), Jos� Maria Marin, com a ditadura militar.

Ao anunciar o encontro, nesta ter�a-feira, em S�o Paulo, a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, uma das sete integrantes da comiss�o, disse que o grupo n�o tem posi��o formada sobre o caso. O objetivo, disse a jornalistas, � ouvir o que o deputado tem a dizer.

De acordo com a avalia��o inicial da advogada, Marin n�o foi uma figura destacada entre os pol�ticos que apoiaram a ditadura militar. “Pelas informa��es que temos, ele n�o era t�o atuante”, afirmou. “As suas manifesta��es de apoio foram epis�dicas. Era um deputado silente”.

O an�ncio do encontro com a Comiss�o ocorre um dia ap�s o deputado ter ido � sede da CBF, no Rio, para entregar uma peti��o p�blica, com 55 mil assinaturas, pela sa�da de Marin da presid�ncia da entidade. Rom�rio acompanhava o organizador da peti��o, Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog.

Segundo informa��es reunidas por Ivo, o presidente da CBF participou indiretamente do assassinato de seu pai, sob tortura, em 1975. Na �poca dos acontecimentos, Marin era deputado estadual, filiado � Arena, partido que dava sustenta��o pol�tica � ditadura. Um pouco antes do assassinato, em aparte ao discurso de um colega de partido, na Assembleia, ele cobrou das autoridades esclarecimentos sobre a infiltra��o de comunistas na TV Cultura de S�o Paulo.

Herzog, que trabalhava na Cultura e era filiado ao Partido Comunista Brasileiro, foi preso e assassinado logo em seguida, nas depend�ncias do 2.º Ex�rcito, em S�o Paulo.

No m�s passado, no dia 14 de mar�o, Rom�rio fez um discurso na C�mara para falar do caso e pedir a sa�da de Marin. Foi quando mencionou pela primeira vez que pediria ajuda � Comiss�o da Verdade para a investiga��o. “As suspeitas sobre o presidente da CBF s�o graves e constrangedoras”, disse.

O aparte de Marin foi lembrado nesta ter�a por Rosa Maria. Em seguida, por�m, a advogada observou que teria sido uma das manifesta��es “epis�dicas” de apoio do ent�o deputado � ditadura. “Fora esse discurso, h� poucos pronunciamentos dele.”

Para Ivo, o filho do jornalista, o papel de Marin n�o pode ser subestimado. Ele tem lembrado nas manifesta��es contra o presidente da CBF que, um ano ap�s o assassinato do pai, o ent�o deputado arenista subiu � tribuna para elogiar o delegado S�rgio Fleury, apontado por organiza��es de direitos humanos, como um dos mais ativos e violentos agentes da repress�o no per�odo ditatorial. Marin disse na ocasi�o que ele era um “her�i”.


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