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Estado de Minas

Cariocas protestam contra Feliciano

As pol�micas declara��es de Feliciano t�m causado desgastes dentro do pr�prio partido


postado em 07/04/2013 17:04 / atualizado em 07/04/2013 18:19

Cerca de 1,2 mil pessoas protestaram na manh� deste domingo em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, contra a perman�ncia do deputado federal e pastor evang�lico Marco Feliciano (PSC-SP) na presid�ncia da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias da C�mara dos Deputados. A manifesta��o reuniu parlamentares, artistas e representantes de diferentes organiza��es religiosas e movimentos sociais.

Gritando palavras de ordem pedindo pela sa�da de Feliciano, eles caminharam pela orla de Copacabana em um protesto que durou mais de duas horas. "Tire sua fobia do caminho, que eu quero passar com o meu amor", diziam alguns dos cartazes empunhados pelos manifestantes.

Para o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, �tila Roque, a postura autorit�ria e intolerante de Feliciano � frente da CDH revela sua pretens�o de capturar a comiss�o para uma agenda restrita e fundamentalista. "Isso s� refor�a a import�ncia do Congresso e dos partidos pol�ticos se darem conta do enorme erro que cometeram ao colocar a Comiss�o dos Direitos Humanos como moeda de troca numa barganha pol�tica pelas posi��es no Congresso".

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) reconheceu que a elei��o de Feliciano n�o fere os regimentos internos da C�mara, mas afirmou que os parlamentares est�o se mobilizando para tentar demov�-lo do cargo. " O PSC tem outros nomes para indicar. N�s sugerimos at� o nome do Hugo Leal, que apesar de ser conservador � um cara do di�logo", afirmou Wyllys, criticando a recente atitude de Feliciano em impedir o acesso do p�blico �s reuni�es da comiss�o.

Wyllys tamb�m afirmou que Feliciano tem adotado a estrat�gia de entregar a relatoria das proposi��es que chegam � CDH para an�lise a aliados que possivelmente ir�o barr�-las. "N�o � que vamos banir o ponto de vista conservador do debate pol�tico. O Marco Feliciano nem conservador �, ele � um reacion�rio".

Para o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), presidente da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa do Rio, posturas semelhantes � de Feliciano, que mistura o seu fundamentalismo com um projeto de Estado e de poder, j� custaram muito caro a outras na��es. "S�o muitos lugares no mundo que est�o pagando um pre�o muito alto por n�o terem um estado laico. Estamos falando de bandeiras hist�ricas que sempre tiveram, no estado laico, a garantia de sua exist�ncia, e hoje est�o amea�adas".

As pol�micas declara��es de Feliciano t�m causado desgastes dentro do pr�prio partido. No in�cio deste m�s, a deputada federal Ant�nia L�cia, integrante da CDH h� tr�s anos, amea�ou renunciar ao cargo de vice-presidente da comiss�o ap�s Feliciano afirmar que o colegiado era "dominado por Satan�s".

Aliados de Feliciano argumentam que o pastor evang�lico estaria sendo perseguido por uma esp�cie de "cristofobia", o que � contestado por representantes de diferentes entidades religiosas que estiveram presentes ontem � manifesta��o. "Esse movimento n�o � de forma alguma contra uma igreja ou uma religi�o. A homofobia e o racismo negam os valores essenciais do cristianismo", disse o padre Ricardo Resende, um dos fundadores do Movimento Humanos Direitos.


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