(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Munic�pio de SP volta �s urnas em clima de tens�o


postado em 07/04/2013 19:31 / atualizado em 07/04/2013 19:49

Num clima de tens�o, numa elei��o disputada voto a voto, o candidato do PSDB � prefeitura, Edivaldo Neres, venceu as elei��es em Coronel Macedo, no sudoeste paulista, a 340 km de S�o Paulo, por uma diferen�a de apenas 34 votos. O candidato derrotado, Helinton Veiga, do PMDB, disse que aceitava o resultado das urnas e descartou o pedido de recontagem. A maioria dos 4.413 eleitores procurou os dois postos eleitorais da cidade neste domingo ainda pela manh�. Como ocorre historicamente na cidade dominada por duas correntes pol�ticas, a campanha fora de �poca foi marcada por acusa��es, brigas e tentativas de morte. Poucas horas antes do in�cio da vota��o, os amigos Rodrigo Veiga, Sirlene Alves e Jessica Santos foram cercados e agredidos com paus e barras de ferro por cinco pessoas supostamente ligadas ao grupo pol�tico rival. Um dos agressores empunhava um chicote. Os tr�s ficaram feridos - Sirlene teve o pesco�o cortado por uma chicotada.

A Justi�a Eleitoral j� havia proibido com�cios, passeatas e aglomera��es p�blicas na �ltima semana da campanha para evitar conflitos como o que resultou, na elei��o de outubro passado, na morte de Tiago da Silva Pedroso, o "Mixirica". Ele foi espancado at� desfalecer durante um com�cio. J� desmaiado, recebeu um golpe fatal com uma lajota lan�ada sobre sua cabe�a. Dias antes, durante outro com�cio, Marisa Nunes de Almeida foi agredida com facadas, mas sobreviveu.

Neste domingo, as ruas da cidade amanheceram cobertas por santinhos e panfletos an�nimos em que os dois lados pol�ticos se acusam mutuamente. At� o meio-dia, o delegado Fabiano Rueda tinha recebido quatro den�ncias de compras de votos e fraudes eleitorais. Ningu�m tinha sido preso.

"A pol�tica aqui � muito suja e, quando um n�o ganha no voto, quer levar na marra", disse o aposentado Jorge Benedito da Cruz, de 69 anos. A estudante Viviane Victor Pereira, de 18 anos, evita demonstrar a prefer�ncia eleitoral com medo de retalia��o. "Se o outro lado sabe que voc� vota contra, come�a a te olhar torto." O aposentado Roque Nunes, de 85, conta que sempre foi assim. "Antes de ser Coronel Macedo, a cidade se chamava Revolta. O nome diz tudo." Segundo ele, no s�culo passado, algumas elei��es terminaram em tiroteio.

Os dois candidatos fizeram um acordo com a Justi�a Eleitoral suspendendo as carreatas para evitar conflitos entre os eleitores. O candidato do PMDB, Helinton Veiga, tinha concorrido a vice na elei��o de outubro e voltou na cabe�a da chapa porque o candidato a prefeito Vilson Leonel desistiu da candidatura. Ele diz que sua fam�lia tem tradi��o na pol�tica local. "Meu pai foi prefeito tr�s vezes. Meu irm�o foi candidato e perdeu para o lado de l�." O pr�prio Veiga foi vereador, assumiu a presid�ncia da C�mara e se tornou prefeito interino antes de se lan�ar candidato. "Quero fazer uma gest�o s�ria e honesta, que � o que falta aqui", disse. Segundo Veiga, a cidade ficou marcada pelos crimes pol�ticos, como o assassinato do vereador Rivelino de Oliveira (DEM).

O candidato do PSDB, Edivaldo Neres, disse que seu grupo procurou manter a disputa em alto n�vel. Ele � apoiado pelo ex-prefeito Jos� Carlos Tonon (PDT) que se reelegeu em outubro, mas n�o pode assumir o segundo mandato por estar incurso na lei da ficha limpa. "Tive 54,3% dos votos v�lidos e espero transferir essa vota��o para o Neres", dizia, antes de iniciar a apura��o. Tonon foi candidato derrotado a prefeito em 96. Quatro anos depois, ganhou a elei��o, mas n�o pode assumir, pois pendia contra ele acusa��o de compra de votos na elei��o anterior. Em 2004, seu irm�o Antonio Batista Tonon (PR) assumiu a prefeitura, mas acabou cassado, sob a acusa��o de ter mandado matar o vereador Rivelino, em outubro de 2007.

Antonio Tonon j� havia sido preso em flagrante anteriormente quando tentava subornar um vereador para votar em sua mulher, Maria Aparecida Tonon (PL) para a presid�ncia da C�mara. Com a pris�o decretada ap�s a morte do vereador, Antonio Tonon tornou-se foragido, mas acabou morrendo em circunst�ncias obscuras, semanas depois, numa praia de Guaratuba, litoral do Paran�. Na �poca, advers�rios pol�ticos disseram que ele continuava vivo e exigiram a exuma��o do corpo. "Fizemos a exuma��o e, atrav�s de exames de DNA, constatamos que o corpo era dele", disse o delegado Rueda. Dois outros acusados do crime, inclusive um ex-vereador, continuam presos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)