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Estado de Minas

Declara��es de Feliciano incitam o �dio e a intoler�ncia, diz ministra

O deputado � acusado de homofobia e racismo por ter postado nas redes sociais coment�rios considerados ofensivos a homossexuais e negros


postado em 08/04/2013 15:08

Bras�lia - A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, Maria do Ros�rio, disse nesta segunda-feira que as declara��es do presidente da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), fora do Congresso Nacional t�m incitado o �dio a e intoler�ncia.

H� duas semana, o deputado Marco Feliciano, em um culto evang�lico, disse que, antes da chegada dele � presid�ncia da CDHM, o colegiado era comandado por Satan�s. Em v�deos publicados na internet, o pastor diz que Deus teria mandado matar o cantor John Lennon, dos Beatles, e os integrantes da banda Mamonas Assassinas, v�timas de um acidente a�reo.

“� lament�vel que nos deparemos a cada dia com mais um pronunciamento, interven��o que incita o �dio, a intoler�ncia e o preconceito. J� ultrapassa a barreira de uma comiss�o da C�mara. Diz respeito a todos n�s”, disse Maria do Ros�rio, no Senado. “A C�mara, certamente, encontrar� uma solu��o, ou o pr�prio Minist�rio P�blico, porque incitar a viol�ncia e o �dio � uma atitude ilegal e inconstitucional”, acrescentou a ministra.

Em entrevista ao chegar � exposi��o em mem�ria dos mortos no Holocausto e para marcar os 70 anos da insurrei��o dos judeus no Gueto de Vars�via, na Pol�nia, Maria do Ros�rio lembrou que a intoler�ncia e o preconceito foram respons�veis por massacres.

“Jamais uma etnia, uma religiosidade, uma forma de exist�ncia pode perceber-se superior �s demais formas de exist�ncia humana. Estamos vendo aqui, em uma exposi��o sobre o Holocausto, o resultado do �dio, da intoler�ncia e do desrespeito humano ao pr�ximo, seja do ponto de vista �tnico ou religioso”, disse a ministra.

O deputado Marco Feliciano � acusado de homofobia e racismo por ter postado nas redes sociais coment�rios considerados ofensivos a homossexuais e negros. Ele nega as acusa��es e j� pediu desculpas pelas declara��es publicadas na internet.

Depois de visitar a exposi��o, a ministra participou de sess�o especial em mem�ria �s v�timas do Holocausto. Maria do Ros�rio ressaltou que o respeito �s diferen�as � uma cl�usula fundamental da Constitui��o Federal de 1988 e disse que o governo federal n�o se afastar� desse princ�pio.

“Cuidar para que o Brasil n�o aceite a discrimina��o � a nossa miss�o”, disse a ministra em discurso para a comunidade judaica presente no plen�rio do Senado. Segundo ela, o combate �s diferen�as e ao racismo deve mobilizar n�o apenas as institui��es do pa�s, mas “todos os brasileiros e todas as brasileiras”.

A ministra destacou ainda que o Brasil jamais adotar� a postura ainda presente entre alguns povos de negar a exist�ncia do Holocausto promovido pelos nazistas contra o povo judeu na 2ª Guerra Mundial. “A nega��o do Holocausto como valor hist�rico e humano tem o significado de diminuir as atrocidades que foram cometidas contra um povo”, disse ela.

A cerim�nia tamb�m contou com a presen�a de Michael Stivelman, sobrevivente do Holocausto, e do presidente da Confedera��o Israelita do Brasil, Cl�udio Lottenberg, entre outros.

O embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, destacou a necessidade de o povo judeu sempre recordar o Holocausto. “Isso � muito importante, porque, agora, quando ainda temos entre n�s esses vest�gios, essas v�timas diretas do Holocausto, ainda vemos express�es de nega��o do Holocausto, vemos um ressurgimento do antissemitismo, do �dio racial, de preconceitos”, completou o diplomata.


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