Entidades lan�am manifesto contra financiamento privado de campanhas

O comprometimento de pol�ticos com empresas que fizeram doa��es a suas campanhas � o novo alvo de uma mobiliza��o encampada por diversas entidades da sociedade civil. O manifesto contra o financiamento privado de campanhas foi lan�ado hoje, no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A ideia � provocar uma mobiliza��o popular semelhante � que levou � aprova��o da Lei da Ficha Limpa, em 2010. As entidades que assinaram o manifesto argumentam que o financiamento privado das campanhas acaba criando v�nculo entre os pol�ticos e uma minoria que det�m o poder econ�mico no pa�s. %u201CTemos obriga��o com a sociedade brasileira de n�o nos omitirmos. O sistema atual � mais oneroso que um sistema que pro�ba financiamento privado, pois n�o permite que o Parlamento represente a popula��o que o elegeu%u201D, disse o presidente da OAB, Marcus Vin�cius Co�lho. Segundo ele, qualquer outro argumento contra o corte do financiamento privado passa a ser secund�rio. %u201CN�o podemos nos render a argumento simplista e imediato%u201D. De acordo com o manifesto, levado esta tarde ao Congresso Nacional, o atual sistema pol�tico brasileiro est� viciado. %u201CA [Lei da] Ficha Limpa cumpriu importante papel ao atacar consequ�ncias da corrup��o, agora � preciso enfrentar as causas, que est� no atual sistema de financiamento privado que permite ao poder econ�mico influenciar o processo eleitoral e eleger candidatos que representam interesse de minoria em preju�zo aos que visam interesse da maioria%u201D, diz trecho do documento. Ainda segundo o manifesto, a maior parte das doa��es n�o aparece na presta��o de contas, pois as doa��es s�o encaminhadas para o caixa 2. As entidades alegam que o financiamento patrocinado por pessoas jur�dicas acaba n�o sendo exatamente privado, pois %u201Cos pol�ticos que dele se beneficiam muitas vezes retribuem a pr�tica que acarreta saque do dinheiro p�blico, de regra, muito maior que a doa��o%u201D. De acordo com o juiz M�rlon Reis, que integra o Movimento de Combate � Corrup��o Eleitoral (MCCE), os militantes n�o devem se pautar pela discuss�o da reforma pol�tica come�a em breve no Congresso Nacional. %u201CTemos que acompanhar e dar sequ�ncia ao trabalho que come�amos, independentemente do que faz o Congresso. Como fizemos com a [Lei da] Ficha Limpa, voltarmos � rua. � dif�cil que o Congresso aprove um projeto como esperado pela sociedade brasileira%u201D, declarou.