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Estado de Minas FELICIANO, D� UMA CHANCE � PAZ

Pastor Feliciano enfrenta nova press�o de l�deres para que deixe comiss�o ap�s nova pol�mica


postado em 09/04/2013 06:00 / atualizado em 09/04/2013 07:54

(foto: Reprodução / Youtube)
(foto: Reprodu��o / Youtube)

Em 8 de dezembro de 1980, tiros disparados por um lun�tico tiraram a vida do ex-beatle John Lennon, um dos maiores m�sicos e compositores da hist�ria contempor�nea. Para sua legi�o de f�s, foi uma enorme trag�dia, lamentada at� hoje. Para o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um castigo divino. De acordo com o pastor e presidente da Comiss�o de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da C�mara dos Deputados, Lennon foi assassinado por Mark Chapman porque teria afrontado Deus ao dar uma entrevista em que disse que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo. Em um v�deo de uma prega��o antiga, postado no YouTube no domingo, Feliciano credita � vingan�a divina n�o apenas o assassinato do m�sico brit�nico, mas tamb�m a morte dos cinco integrantes da banda brasileira Mamonas Assassinas, em um acidente de avi�o em mar�o de 1996. No caso dos Mamonas, o pecado teria sido ensinar palavr�es para as crian�as. O v�deo engrossou a pol�mica em torno do deputado, acusado de racismo e homofobia. Hoje ele tem reuni�o com l�deres partid�rios, que, mais uma vez, tentar�o convenc�-lo a deixar a presid�ncia da comiss�o para garantir que a paz volte ao colegiado, praticamente impedido de funcionar devido � onda de protestos contra o pastor desde sua posse, em 7 de mar�o.


A assessoria de Feliciano confirmou a presen�a do deputado no encontro, marcado pelo presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), enquanto as press�es para que o pastor deixe o comando da comiss�o se avolumavam. Ontem, o Conselho Nacional de Promo��o da Igualdade Racial publicou no Di�rio Oficial da Uni�o nota de rep�dio contra a indica��o do deputado para o cargo. O conselho � vinculado � Secretaria de Pol�ticas de Promo��o da Igualdade Racial da Presid�ncia da Rep�blica e a mo��o foi assinada pela ministra e presidente do colegiado, Luiza Helena de Bairros.

Tamb�m a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, criticou o pastor. “� lament�vel que nos deparemos a cada dia com mais um pronunciamento, uma interven��o que incita o �dio, a intoler�ncia e o preconceito. J� ultrapassa a barreira de uma comiss�o da C�mara. Diz respeito a todos n�s”, afirmou a ministra. Para ela, a C�mara ou o Minist�rio Publico t�m de encontrar uma solu��o para o caso. “Porque incitar a viol�ncia e o �dio � uma atitude ilegal e inconstitucional”, acrescentou a ministra.

Apoio

A segunda-feira foi tamb�m de manifesta��es de apoio a Feliciano. Parlamentares evang�licos aproveitaram uma homenagem � Igreja Assembleia de Deus na C�mara para tentar consolidar uma base de apoio � perman�ncia do pastor na presid�ncia da comiss�o. “Se querem colocar essa pecha (de evang�licos homof�bicos) contra n�s, n�o vai colar”, disse o pastor e deputado Takayama (PSC-PR), tamb�m integrante da CDHM.

Cerca de 400 l�deres e integrantes da Assembleia de Deus acompanharam a homenagem. “Todos n�s, pastores que estamos aqui, amamos os homossexuais. N�o amamos a pr�tica”, afirmou Takayama, que presidia a sess�o solene, em refer�ncia �s recentes declara��es de Feliciano. O deputado ainda amea�ou: “Se (os l�deres da C�mara) deixarem prevalecer a posi��o de meia d�zia de ativistas (de retirar Feliciano da presid�ncia da comiss�o), podemos colocar dois, tr�s e at� quatro milh�es de pessoas na porta do Congresso para dizer que s� o senhor � Deus, e esta na��o � crist�”.

As declara��es foram aplaudidas por convidados, mas n�o de forma un�nime. Parte dos integrantes da Assembleia de Deus n�o se manifestou. Antes de Takayama, o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) tamb�m falou � plateia. “Temos que parabenizar um homem corajoso, como ele (Feliciano), para defender nosso povo evang�lico”, disse.


MEM�RIA

�dolos na fogueira

(foto: Reprodução / Livro The Beatles: A biografia de Bob Spitz)
(foto: Reprodu��o / Livro The Beatles: A biografia de Bob Spitz)
Em 1966, a revista Datebook divulgou entrevista de John Lennon destacando, fora do contexto, a frase "Somos mais populares que Jesus". A mat�ria provocou imediata rea��o de fundamentalistas crist�os. Um radialista, na cidade de Birmingham (que fazia parte de uma regi�o conhecida como o cintur�o da B�blia), no Alabama, organizou um boicote � execu��o das m�sicas dos Beatles e um ato em que os discos do grupo foram queimados em uma fogueira (foto).  A Ku Klux Klan condenou os Beatles por blasf�mia e amea�ou fazer atos terroristas em concertos do grupo. Na Europa, as rea��es foram mais contidas, mas os Beatles foram criticados pelo governo fascista do general Francisco Franco, na Espanha. John pediu desculpas, alegando ter sido mal interpretado. "N�o sou anti-Deus, nem anti-Cristo, nem antirreligi�o", disse. Ele afirmou que sua frase poderia ter sido substitu�da por "A televis�o � mais popular do que Jesus”que seria a mesma coisa e n�o faria tanto barulho.



Assista ao pol�mico v�deo de Feliciano:

 


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