Bras�lia, 09 - Depois de serem acusados de trabalhar de forma sorrateira para aprovar a cria��o de novos tribunais federais, as associa��es de classe da magistratura divulgaram nota nesta ter�a-feira em que afirmam ter o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, agido "de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa".
Os presidentes das associa��es afirmaram que Barbosa "mostrou sua enorme dificuldade em conviver com quem pensa de modo diferente do seu, pois acredita que somente suas ideias sejam as corretas". E dizem que Barbosa liberou a presen�a de jornalistas com a inten��o de dirigir-se � imprensa e n�o para dialogar com as associa��es. "O modo como tratou as Associa��es de Classe da Magistratura n�o encontra precedente na hist�ria do Supremo Tribunal Federal, institui��o que merece o respeito da magistratura", afirmaram.
Na nota conjunta, os dirigentes disseram ainda que Barbosa "injustificadamente" desrespeitou o Congresso Nacional e a advocacia. "Dizer que os senadores e deputados teriam sido induzidos a erro por terem aprovado a PEC 544, de 2002, que tramita h� mais de dez anos na C�mara dos Deputados ofende n�o s� a intelig�ncia dos parlamentares, mas tamb�m a sua liberdade de decidir, segundo as regras democr�ticas da Constitui��o da Rep�blica", afirmaram os presidentes das associa��es.
"� absolutamente lament�vel quando aquele que ocupa o mais alto cargo do Poder Judici�rio brasileiro manifeste-se com tal desprezo ao Poder Legislativo, aos advogados e �s Associa��es de Classe da Magistratura, que representam cerca de 20 mil magistrados de todo o Pa�s", afirmaram.