Bras�lia, 09 - O l�der do DEM na C�mara, Ronaldo Caiado (GO), ingressou na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) com representa��o contra o ministro de Seguran�a Institucional, Jos� Elito Carvalho, e contra o diretor da Abin, Wilson Roberto Trezza. Na peti��o, Caiado pediu que a PGR apure a ocorr�ncia de crime de responsabilidade e improbidade administrativa por parte dos dirigentes do setor de intelig�ncia do governo.
Caiado qualificou de "muito grave" a a��o do governo, "porquanto o epis�dio revela, � primeira vista, a utiliza��o pol�tica do aparato estatal de intelig�ncia contra manifesta��es de trabalhadores".
Reproduzindo, na �ntegra, as duas reportagens do Estado, o l�der do DEM afirmou, na representa��o, que os dirigentes do setor de intelig�ncia do governo federal cometeram crime de responsabilidade e de improbidade administrativa.
Antes, Caiado havia apresentado � Mesa da C�mara pedido de explica��es ao ministro do Gabinete Institucional e � dire��o da Abin sobre o fato de monitorarem o movimento sindical nos portos, principalmente no Porto de Suape (PE).
Com o requerimento, Caiado quer esclarecimentos sobre quem pediu e quais os motivos de se deflagrar uma opera��o da Abin para monitorar os trabalhadores. Ele lembrou que h� hoje uma mobiliza��o para fazer mudan�as na MP 595, conhecida por MP dos Portos, movimento encabe�ado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, prov�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica em 2014.
O l�der indagou ainda qual a justificativa para usar a estrutura de intelig�ncia federal para o monitoramento, visto que, segundo a Lei 10.683/2003, a Abin deve ser acionada quando h� risco de grave crise e iminente amea�a � estabilidade institucional. Caiado acrescentou que n�o v�, no movimento dos sindicalistas, grave amea�a � estabilidade institucional.
Caiado perguntou ainda ao ministro se a Abin grampeou os telefonemas entre Eduardo Campos e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da For�a Sindical, movimento muito presente nos portos e tamb�m contr�rio � MP. "A situa��o descrita na reportagem (do Estado) � extremamente grave, pois sugere que a atua��o do Gabinete de Seguran�a Institucional e da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia foi motivada com finalidade pol�tico-eleitoral", disse Caiado.