Bras�lia, 15 - O PPS e o PMN realizam nesta quarta-feira (17), em Bras�lia, congresso extraordin�rio conjunto para finalizar o processo de fus�o dos dois partidos. No lugar, dever� surgir o Mobiliza��o Democr�tica (MD), que adotar� o n�mero 33, e anunciar� que � oposi��o ao governo do PT. Juntos, os dois partidos t�m 13 deputados (dez do PPS e tr�s do PMN). A ideia � conquistar sete ades�es no PSDB, PDT, PSD e PSC, o que aumentaria o tempo de TV do novo partido na campanha eleitoral dos atuais 32 segundos di�rios para cerca de 50 segundos.
A fus�o entre PPS e PMN era conversada pelos dirigentes dos dois partidos desde 2006. Foi abreviada agora por causa da possibilidade de aprova��o, pela C�mara, de um projeto do deputado Edinho Ara�jo (PMDB-SP), que pro�be novos partidos de receber dinheiro do fundo partid�rio e de ter o tempo de TV e r�dio durante a legislatura em que surgirem. E a urg�ncia para a vota��o do projeto pode ser aprovada nesta ter�a-feira (16). Desse modo, a vota��o da proposta poderia ocorrer na quarta-feira, dia do congresso extraordin�rio das duas legendas.
Caso a C�mara aprove o projeto nesta ter�a-feira e o envie para vota��o no Senado, tamb�m em regime de urg�ncia, a ideia dos dirigentes do novo partido � fazer o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no mesmo dia. Desse modo, o MD teria os direitos ao fundo partid�rio e ao tempo de TV garantidos, porque se registraria antes da aprova��o da lei e da san��o por parte da presidente Dilma Rousseff. Para o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS e futuro presidente do novo partido, "a proposta que cria dificuldades para os novos partidos � um ato de viol�ncia que vem sendo patrocinado pelo governo".
O alvo seria, segundo ele, al�m do partido que surgir� da fus�o do PPS com o PMN, o Rede, que est� sendo criada pela ex-ministra Marina Silva, e o Partido da Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da For�a (SP), ainda no PDT. Marina ainda est� longe de alcan�ar as assinaturas necess�rias para registrar o seu partido. Nesse caso, mesmo com os apoios para a forma��o do Rede, sua candidatura ficaria inviabilizada, porque n�o disporia de tempo na TV para fazer a campanha.
Para o autor da proposta, Edinho Ara�jo, "os partidos s� devem ter o tempo de televis�o, de r�dio e o fundo partid�rio ap�s passar pelas elei��es". N�o foi o que ocorreu com o PSD de Gilberto Kassab. Criado h� dois anos, o partido foi autorizado pelo TSE a contar com o tempo de TV e com o dinheiro do fundo partid�rio. Kassab disse, na semana passada, que apoia as regras restritivas. Seu partido, no entanto, est� dividido quando ao apoio � urg�ncia da vota��o do projeto.