Bras�lia, 17 - Um grupo de evang�licos arregimentados por apoiadores do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) realizou nesta quarta-feira um protesto na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) pedindo que os deputados Jos� Genoino (PT-SP) e Jo�o Paulo Cunha (PT-SP) deixem o colegiado. Em paralelo, deputados ligados aos Direitos Humanos, majoritariamente do PT, anunciaram uma debandada da comiss�o com uma ren�ncia coletiva e a retirada de projetos que tramitam pelo colegiado. Feliciano presidiu os trabalhos novamente com portas fechadas ao p�blico.
Feliciano mais uma vez fechou a reuni�o ao p�blico. Ele comunicou a decis�o � Mesa Diretora da C�mara afirmando ter informa��es sobre novos protestos contra sua perman�ncia no cargo. Apenas representantes ind�genas puderam participar da audi�ncia, que discutiu uma a��o da Pol�cia Federal em �rea ind�gena no Par�.
Enquanto o pastor tentava demonstrar normalidade no trabalho, deputados da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos decidiram por uma ren�ncia coletiva. O movimento � comandado pelo PT, que tem quatro titulares entre os 18 da comiss�o, e teve apoio de Jean Willys (PSOL-RJ), titular, e Luiza Erundina (PSB-SP), suplente. A decis�o ainda n�o foi formalizada. A debandada n�o inviabiliza os trabalhos, mas explicita que apenas evang�licos continuam no colegiado.
"N�o podemos legitimar o que est� acontecendo na comiss�o, onde se quebrou a pluralidade e se instalou uma maioria artificial com um pensamento �nico", disse o deputado Nilm�rio Miranda (PT-MG), ex-ministro da �rea.
Outra a��o dos opositores de Feliciano ser� a retirada de projetos que tramitam na comiss�o. "Como a comiss�o se transformou num bunker de um homof�bico, sexista e racista � imposs�vel uma discuss�o democr�tica dessas propostas", afirmou Erika Kokay (PT-DF). Entre os projetos que devem ser retirados est� um de Jean Willys que busca regulamentar a profiss�o de prostituta, proposta que teve a relatoria entregue por Feliciano ao deputado Pastor Eurico (PSB-PE). Feliciano minimizou a debandada: "O qu�rum est� feito e temos condi��es de trabalhar".