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Estado de Minas

Hist�ria de Brizola � espera de resgate no Rio de Janeiro

Pedetistas e amigos lamentam a perman�ncia de documentos do pol�tico em guarda-m�veis e apostam no fim da disputa em torno do esp�lio para garantir a preserva��o do material


postado em 19/04/2013 06:00 / atualizado em 19/04/2013 08:48

Prédio em estado precário abriga documentos de Brizola, sob os cuidados de Manoel Gonçalves. Ele admite que o local não é apropriado(foto: Túlio Santos/em/d.a Press)
Pr�dio em estado prec�rio abriga documentos de Brizola, sob os cuidados de Manoel Gon�alves. Ele admite que o local n�o � apropriado (foto: T�lio Santos/em/d.a Press)
Integrante do Grupo dos Doze, movimento de apoio ao governo de Jo�o Goulart, deposto em 1964, o ex-deputado federal Genival Tourinho, filiado hist�rico do PDT, lamenta a situa��o do acervo do ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, revelada pelo Estado de Minas na edi��o de ontem. H� cerca de cinco anos, cartas, documentos, livros, fotografias e objetos pessoais de Brizola est�o em um guarda- m�veis no Bairro Inha�ma, sub�rbio da capital fluminense, em um pr�dio sem nenhuma condi��o para abrigar documentos valiosos de um dos maiores l�deres trabalhistas brasileiros, falecido em 2004, aos 82 anos. “O tratamento dado � sua mem�ria n�o � condizente com a grande lideran�a que ele foi. Brizola foi o primeiro governador a peitar os americanos”, destaca Genival, que militou ao lado do pol�tico e de outro pedetista hist�rico, Darcy Ribeiro, contra o regime militar.

A esperan�a dos amigos e brizolistas � que o fim das disputas em torno do esp�lio do ex-governador possa resolver o destino do acervo, que teria, entre suas preciosidades, cartas e documentos in�ditos de fatos hist�ricos como a Rede da Legalidade, organizada por Brizola do Rio Grande do Sul para impedir a deposi��o de Jo�o Goulart. Um acordo na Justi�a em torno do esp�lio teria sido selado em dezembro do ano passado e o processo arquivado pelo Tribunal de Justi�a do Rio de Janeiro.

A divulga��o do local onde est� guardado o acervo desagradou � fam�lia do l�der trabalhista. O guarda-m�veis na entrada da Favela da Galinha fica em um pr�dio com janelas quebradas e sinais de infiltra��o nas paredes. Ao lado da constru��o, passa um c�rrego n�o canalizado, tomado por lixo e esgoto. O guardi�o dos documentos � Manoel de Oliveira Gon�alves, dono de uma transportadora e guarda-volumes. Ele admite que o estabelecimento n�o � apropriado para a manuten��o do acervo.

A perman�ncia dos documentos em local prec�rio se d� em meio � disputa pelo esp�lio pol�tico do l�der pedetista travada pelos netos do ex-governador que ocupam cargos eletivos no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e aliados do ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (RJ), reeleito presidente do PDT. Procurados pela reportagem, os netos do ex-governador, a deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS) e o vereador Leonel Brizola (PDT-RJ), irm�os do ex-ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT_RJ), n�o quiseram dar entrevistas. Lupi tamb�m n�o quis falar sobre o assunto. Segundo sua assessoria, a situa��o do acervo � de responsabilidade da fam�lia e o partido n�o pode interferir.

O acervo de Brizola pertence ao �nico filho vivo do ex-governador, Jo�o Ot�vio Brizola, respons�vel na Justi�a pelo invent�rio do esp�lio do pai, e aos filhos de Neusinha Brizola, tamb�m filha do ex-governador, falecida em 2011. Eles s�o donos tamb�m dos direitos de imagens e da hist�ria de Brizola, segundo apurou a reportagem. O terceiro filho de Brizola, Jos� Vicente, morto em 2012, teria vendido sua parte para os irm�os. No guarda-volumes em Inha�ma, o material s� pode ser visitado ou retirado com autoriza��o de Jo�o Ot�vio, que reside no Rio de Janeiro e em Montevide�, no Uruguai.


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