Rio de Janeiro e Bras�lia - A Pol�cia Federal vai delimitar ao ano de 2003 o pedido da quebra de sigilo banc�rio de Freud Godoy, que era assessor pessoal e seguran�a do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Segundo depoimento prestado pelo operador do esquema, o empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza, o ent�o auxiliar do ex-presidente recebeu cerca de R$ 100 mil para cobrir despesas pessoais do chefe.
Na tentativa de embasar a acusa��o, Val�rio entregou � Procuradoria-Geral da Rep�blica uma c�pia do cheque. A investiga��o sobre os supostos repasses do esquema do mensal�o ao ex-presidente Lula � objeto do inqu�rito instaurado em 1º de abril deste ano como desdobramento de outra investiga��o aberta em 2012, ap�s o julgamento do mensal�o no Supremo Tribunal Federal (STF).
O inqu�rito foi instaurado para apurar o caminho dos recursos do valerioduto. Ele inclui outras 25 pessoas f�sicas e jur�dicas benefici�rias de recursos das empresas de Val�rio. Em of�cio � PF, a Procuradoria da Rep�blica em Minas pediu que esta rastreasse o dinheiro. Parte dos dados j� est� sendo periciada.
Novo depoimento
Na �ltima ter�a-feira (23), a delegada da PF Andreia Pinho, de Bras�lia, que investiga outro trecho das acusa��es de Val�rio, foi a Belo Horizonte ouvir o operador do mensal�o.
Em 3 de abril, o procurador da Rep�blica Francisco Guilherme Vollstedt Bastos pediu � PF a abertura de inqu�rito para apurar “poss�vel ocorr�ncia dos crimes de corrup��o passiva, corrup��o ativa, lavagem de dinheiro, evas�o de divisas e sonega��o fiscal” envolvendo o ex-presidente Lula, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o ent�o presidente da Portugal Telecom Miguel Horta. Entre as acusa��es, Marcos Val�rio afirmou que o “governo/PT” recebeu US$ 7 milh�es da Portugal Telecom, em um acerto feito entre Lula, Palocci e Miguel Horta.
O procurador solicitou uma nova oitiva de Val�rio “no sentido de informar com maior precis�o a delimita��o temporal dos acontecimentos” para viabilizar dilig�ncias adicionais. Al�m do testemunho, Marcos Val�rio forneceu detalhes das contas no exterior nas quais os dep�sitos foram feitos e os titulares. O depoimento corre sob sigilo e a delegada avalia as informa��es prestadas pelo operador do mensal�o.