
Ataques ao governo da petista Dilma Rousseff (PT) e a defesa da candidatura do senador A�cio Neves (PSDB) ao Pal�cio do Planalto em 2014 foram a t�nica da conven��o estadual do PSDB, realizada ontem em Belo Horizonte e que reconduziu o deputado federal Marcus Pestana � presid�ncia estadual da legenda at� 2015. Nos discursos das principais lideran�as do partido no estado, entre deputados estaduais e federais, prefeitos e o governador Antonio Augusto Anastasia, a promessa de uni�o em torno de um nome comum para tentar garantir a perman�ncia no Pal�cio Tiradentes e a derrota no PT em Bras�lia.
Em discurso inflamado e debaixo de muitos aplausos e gritos de “A�cio presidente”, o senador mineiro acusou o governo petista de ser “leniente” com a infla��o, criticou o baixo crescimento do pa�s e a propaganda “ufanista” do Planalto. Aproveitou para apontar dois atos recentes que considerou uma “viol�ncia” ao Brasil: a pressa na vota��o do projeto que dificulta a cria��o de partidos e da emenda constitucional que d� ao Legislativo a prerrogativa de discutir decis�es do Supremo Tribunal Federal (STF). “O que mostra, a meu ver, um governo acuado, assustado. Lamentavelmente, n�o estamos vendo um governo trabalhando, mas um governo tentando sufocar as oposi��es”, afirmou.
E mais uma vez reclamou que as medidas provis�rias encaminhadas pelo Planalto ao Congresso impedem os parlamentares de exercerem seu papel no Legislativo. Dessa forma, ironizou a ida do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao Supremo, amanh�, para discutir a crise entre Congresso e STF. “Eles acertaram a pra�a, mas est�o errando de pr�dio. Sugiro que eles atravessem a Pra�a dos Tr�s Poderes. Se quiserem mesmo garantir a autonomia do Legislativo, que subam a rampa do Planalto e digam � presidente da Rep�blica que n�o aceitam mais essa submiss�o do Congresso �s vontades do poder central”, disse.
Em seu reduto pol�tico e eleitoral, o senador A�cio Neves disse n�o saber o que o destino lhe reserva em 2014, mas que “ousaria” prometer que n�o “faltar� ao Brasil” caso seja escolhido o candidato do PSDB, e lembrou outros mineiros que passaram por Bras�lia: Juscelino Kubitschek, Itamar Franco e seu av� Tancredo Neves, que morreu antes de assumir o Planalto, mas entrou para a hist�ria como uma das principais for�as que lutaram pela redemocratiza��o do pa�s depois de 20 anos de ditadura militar.
SUSTENTA��O
Reeleito para o comando do PSDB mineiro, o deputado federal Marcus Pestana afirmou ontem que ser� criada em Minas uma frente suprapartid�ria – composta pelas legendas que integram a base aliada do governo Anastasia – para conduzir um programa que mantenha a pol�tica adotada pelo PSDB no poder e sirva de sustenta��o para uma candidatura de A�cio a presidente no segundo maior col�gio eleitoral do pa�s, com cerca de 15 milh�es de eleitores.
De acordo com Pestana, o partido ter� pela frente outras tarefas a cumprir, como difundir as realiza��es dos governos A�cio (2003 a 2010) e Anastasia (2010 a 2014) e a realiza��o de debates sobre v�rios temas espec�ficos, como educa��o, sa�de, infraestrutura e energia. “Temos o papel central de ser a base e a alavanca da candidatura de A�cio”, afirmou o parlamentar. Em rela��o � disputa pelo governo mineiro, o presidente do PSDB argumentou que caber� ao senador conduzir o processo de escolha do candidato e admitiu que os tucanos poder�o at� mesmo apoiar o nome de um partido aliado.
Defini��o em 11 estados
Os diret�rios tucanos de 11 estados brasileiros realizam conven��es neste fim de semana. Al�m de Minas, foram escolhidos ontem os presidentes dos diret�rios estaduais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. Hoje, haver� reuni�es em Alagoas, Amazonas, Bahia, Goi�s, Paran�, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Nos eventos, s�o escolhidos ainda os delegados que participar�o da conven��o nacional do partido, marcada para o pr�ximo dia 18, em Bras�lia. De Minas, votam 60 delegados. Na ocasi�o, o senador A�cio Neves dever� ser escolhido presidente da legenda, estrat�gia para fortalecer o seu nome na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica em 2014.