
Apesar da resist�ncia de uma ala do tucanato paulista em aderir � pr�-candidatura do senador A�cio Neves � Presid�ncia da Rep�blica, para l�deres do partido de outros estados n�o h� d�vidas quanto � uni�o do PSDB em torno do nome do mineiro. Para eles, as disputas que ocorreram durante o congresso estadual da legenda em S�o Paulo no domingo, em que esteve presente o ex-governador Jos� Serra, s�o pontuais.
“� uma quest�o interna de S�o Paulo. O que se percebeu l� foi uma disputa entre dois agrupamentos dentro do diret�rio paulista e essas coisas se definiram l� e se ajustaram. � natural que aconte�a isso”, afirmou ontem o deputado federal e presidente do PSDB da Bahia, Ant�nio Imbassahy, que participou do encontro paulista anteontem e disse ter conversado com l�deres da c�pula tucana sobre o assunto na conven��o do partido, h� duas semanas.
Imbassahy destacou que A�cio tem apoio da grande maioria dos filiados em todo o pa�s – incluindo fortes nomes paulistas como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e o senador Aloysio Nunes – e que as diverg�ncias s�o contorn�veis. Segundo ele, � poss�vel “encontrar uma voz aqui que queira falar um pouco mais, outra que queira mais reflex�o”, mas as disputas s�o m�nimas considerando a magnitude do partido.
O ex-prefeito de Vit�ria (ES) e ex-deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas concorda com Imbassahy. Para os dois pol�ticos tucanos, embora Serra seja uma figura que deve ser respeitada dentro do partido, n�o h� d�vidas de que o nome do senador mineiro ser� consagrado para assumir a presid�ncia do partido e percorrer o pa�s. “J� h� uma posi��o praticamente consensuada dentro do PSDB”, sustentou o baiano.
Ele e Vellozo Lucas participaram nessa segunda-feira do debate que inaugurou a nova sede do partido em Belo Horizonte, no Barro Preto, Regi�o Centro-Sul da cidade, onde morou o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Os tucanos aproveitaram o evento, que faz parte de um ciclo de palestras inaugurado em fevereiro pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para afinar o discurso do PSDB para 2014.
O deputado baiano e o ex-prefeito de Vit�ria foram duros nas cr�ticas ao governo da petista. “N�o h� como governar com 39 minist�rios. H� tamb�m a cria��o seguida de empresas estatais, � um desperd�cio. Este � um governo perdul�rio, que n�o respeita o dinheiro do contribuinte”, afirmou Imbassahy.
O ex-prefeito e economista Vellozo Lucas foi mais incisivo nas cr�ticas �s posi��es do governo em rela��o aos setores de energia el�trica e do petr�leo: “Eles (os petistas) demonizaram, satanizaram as privatiza��es, acusaram o PSDB. Utilizaram de m�-f� a pouca compreens�o das pessoas sobre o que significa um contrato de concess�o. Agora est�o com um pacote de US$ 200 bilh�es de concess�o sendo ofertado no mundo inteiro”. Ele contou ter visto uma entrevista em que o ex-ministro da Secretaria de Avia��o Civil Moreira Franco (PMDB) defendeu enfaticamente a privatiza��o dos aeroportos. “Os petistas deviam ter a fineza de pedir desculpas por ter deixado o Brasil atrasado por tanto tempo”, acrescentou.
O presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, tamb�m presente nos debates dessa segunda-feira, comentou com os colegas as outras candidaturas de oposi��o � presidente Dilma Rousseff: “Que venha Randolfe (Rodrigues, do PSOL), Marina (Silva, que tenta criar o partido Rede Sustentabilidade ), Cristovam Buarque (PDT), Eduardo Campos (PSB), Fernando Gabeira (PV). Quanto mais gente mostrando que h� um Brasil diferente, melhor”, ele disse. Imbassahy concordou e saudou a poss�vel candidatura de Eduardo Campos, que considera positiva para a disputa.