S�o Paulo - O ex-deputado Augusto Farias, irm�o de PC Farias, negou nesta ter�a-feira ter envolvimento com a morte do empres�rio e de sua namorada, Suzana Marcolino. "Nunca imaginei vir a esta terra e ser imputado de matar meu ente querido", declarou o ex-deputado durante depoimento no segundo dia do julgamento dos quatro policiais acusados de envolvimento no crime.
Augusto Farias foi o primeiro a chegar ao local do crime, depois de ser avisado pelo policial militar Reinaldo Correia de Lima Filho, um dos r�us. "Eu me questiono: e se n�o tivesse sido eu o primeiro a chegar? Se tivessem sido o Carlos Gilberto, Luiz Romero, Cl�udio ou o Rog�rio, eles ainda iriam me colocar como suspeito?", questionou, se referindo aos demais irm�os do empres�rio Paulo C�sar Farias.
Trai��o
O ex-deputado afirmou ainda que o empres�rio sabia que era tra�do por Suzana Marcolino. Segundo ele, Caio Ferraz do Amaral, a quem o ex-deputado chamou de procurador da fam�lia em S�o Paulo, disse que havia contratado um detetive para investigar a vida de Suzana e uma suposta trai��o em S�o Paulo. "Em seguida, entregou um relat�rio ao Paulo [C�sar]", informou.
Augusto Farias declarou que havia conversando com o irm�o sobre seu relacionamento com Suzana, que n�o teria o apoio da fam�lia. "Cabia a mim, como irm�o, como amigo, dizer a opini�o da fam�lia sobre a Suzana", ressaltou. "Eu disse a ele [Paulo C�sar] quem ela era."
Antes do ex-deputado, sua ex-namorada Milane Valente de Melo prestou depoimento. Ao j�ri relatou ter sido amea�ada dias depois da morte do casal. Milane afirmou ainda que o ex-deputado Augusto Farias paga os honor�rios do advogado de defesa dos quatro r�us e pelo menos dois deles trabalham atualmente para o ex-parlamentar.
A tese sustentada pela defesa � a mesma da pol�cia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suic�dio. Nessa segunda, 6, Augusto Farias afirmou acreditar na inoc�ncia dos policiais.
J� o Minist�rio P�blico acredita em duplo homic�dio e acusa os quatro r�us de coautoria do crime e omiss�o, j� que faziam a seguran�a do local onde o casal morreu. Para a promotoria, a morte de PC Farias foi "queima de arquivo". O empres�rio foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor (PTB), era r�u em processos por crimes financeiros e foi o centro das den�ncias de corrup��o que resultaram no impeachment de Collor.