Suzana Marcolino teria tentado suic�dio, jogando-se no mar de Guaxuma - praia localizada ao norte de Macei� - depois de discutir com Paulo C�sar Farias por causa de um telefonema. O fato teria acontecido dias antes da morte dos dois. A revela��o foi feita por Genival da Silva Fran�a, gar�om da casa de praia de PC Farias, o segundo a prestar depoimento nesta segunda-feira no julgamento de quatro policiais militares acusados de participa��o na morte do empres�rio e de sua namorada.
"Por que voc� n�o contou esse detalhe � pol�cia, na �poca?", quis saber o promotor Marcos Aur�lio Gomes Mousinho. "Porque tem coisa que a gente esquece, doutor", respondeu a testemunha.
Em depoimento que durou pouco mais de uma hora, Genival da Silva revelou ainda os momentos que antecederam a morte do casal, no domingo, 23 de junho de 1996. De acordo com seu depoimento, PC Farias saiu para caminhar na praia de Guaxuma por volta das 11h30 do s�bado, 22, retornando cerca de duas horas depois. Ao chegar, foi para a piscina acompanhado dos filhos Ingrid e Paulo Farias - o Paulinho -, na �poca menores de idade. Ainda na piscina, o empres�rio teria consumido tr�s garrafas de champanhe antes de almo�ar. "No almo�o, ele pediu uma garrafa de vinho tinto", contou o gar�om.
Genival da Silva informou ainda que no dia da morte do casal, ele bateu na porta do quarto de PC Farias por volta das 11h30, como sempre fazia, por ordem do pr�prio patr�o, que dizia o hor�rio em que queria ser acordado. "Mas ningu�m respondeu l� dentro", contou. "Fui at� a janela, bati e ningu�m respondeu", completo. Ele informou que chamou o seguran�a Reinaldo Correia de Lima Filho que, com a ajuda do jardineiro Leonino Ten�rio Carvalho, conseguiu arrombar a porta. Depois de tentar ligar para Fl�vio Almeida, secret�rio de PC Farias, e Juarez Alves, motorista do empres�rio, o seguran�a ligou para o ent�o deputado federal Augusto Farias, irm�o de PC, que chegou ao local em cerca de meia hora, segundo o depoimento.
Segundo o gar�om, nenhum funcion�rio da casa mexeu nos corpos de PC Farias e de Suzana. "Assim que a porta foi aberta, o Reinaldo entrou no quarto, chamou o doutor Paulo, depois p�s a m�o no pesco�o dele e percebeu que ele estava morto", contou.