A namorada de Paulo C�sar Farias, Suzana Marcolina, comprou um rev�lver dias antes da morte do casal, de acordo com depoimento da empres�ria M�nica Aparecida Calheiros, durante o segundo dia de julgamento, nesta ter�a-feira, 7. A arma foi vendida por R$ 350.
Sete testemunhas j� foram ouvidas no julgamento dos quatro policiais acusados de envolvimento na morte do casal. Ao todo, 20 pessoas devem depor e a expectativa � de que a senten�a seja anunciada na quinta-feira, 9.
Pela manh�, o irm�o de PC Farias, o ex-deputado Augusto Farias falou aos jurados e negou ter envolvimento com o crime. Para a fam�lia de Suzana Marcolino, Augusto Farias seria o mandante do assassinato do irm�o. O ex-deputado chegou a ser indiciado, mas o inqu�rito foi arquivado em 2002 por falta de provas.
O crime
PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos a tiros no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia do empres�rio, em Guaxuma, no litoral norte de Alagoas. A tese sustentada pela defesa � a mesma da pol�cia alagoana, de que Suzana matou PC Farias e depois cometeu suic�dio.
J� o Minist�rio P�blico acredita em duplo homic�dio e acusa os quatro r�us de coautoria do crime e omiss�o, j� que faziam a seguran�a do local onde o casal morreu. Para a promotoria, a morte de PC Farias foi "queima de arquivo". O empres�rio foi tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor (PTB), era r�u em processos por crimes financeiros e foi o centro das den�ncias de corrup��o que resultaram no impeachment de Collor.