Nesta ter�a-feira, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos promove, na C�mara dos Deputados, ato p�blico pedindo a condena��o dos acusados pelo Massacre de Felisburgo. Foram convidados para partiucipar do evento a ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, Maria do Ros�rio, o ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Gilberto Jos� Spier Vargas, e duas sobreviventes do massacre. A Comiss�o de Direitos Humanos e Legisla��o Participativa (CDH) do Senado tamb�m se disp�s a acompanhar o julgamento.
Chafik vai a j�ri pela acusa��o de comandar ataque ao acampamento Terra Prometida, na Fazenda Nova Alegria, no munic�pio de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, em 20 de novembro de 2004. Na ocasi�o, foram assassinados cinco trabalhadores rurais - Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos, Miguel Jorge dos Santos, de 56, Francisco Nascimento Rocha, de 72, Juvenal Jorge da Silva, de 65, e Joaquim Jos� dos Santos, de 48 - e mais 20 pessoas ficaram feridas, inclusive crian�as.
Comandados por Adriano Chafik, 17 pistoleiros invadiram o local e atearam fogo em barracos e planta��es. As cinco v�timas foram executadas com tiros � queima-roupa. Chafik confessou ter participado do massacre, mas poucos dias depois conseguiu, por meio de habeas corpus, responder ao processo em liberdade.
Esta pode ser a segunda vez que o julgamento � adiado. O primeiro juri, marcado para 17 de janeiro, foi adiado devido ao juiz da Comarca de Jequitinhonha, onde inicialmente ocorreria o julgamento, ter enviado o processo para Belo Horizonte antes que a defesa dos r�us indicasse testemunhas a serem ouvidas na ocasi�o.
As fam�lias de sem terra ocuparam o local em 2002 e tinham denunciado � Pol�cia Civil o recebimento de amea�as por parte dos fazendeiros. No mesmo ano, 567 dos 1.700 hectares da fazenda foram decretados pelo Instituto de Terra de Minas Gerais (ITER) como terra devoluta, que � uma �rea do Estado e que deveria ser devolvida para as fam�lias. Nove anos depois do epis�dio, as fam�lias ainda vivem no assentamento, aguardando que parte da �rea seja desapropriada. Iniciado h� 14 anos, o processo agora tramita no Superior Tribunal de Justi�a (STJ).
Com Ag�ncia Brasil