Na sess�o, o CNJ discutia a decis�o do Tribunal De Justi�a de S�o Paulo de iniciar o expediente �s 9 horas, mas atender os advogados apenas a partir das 11 horas. Barbosa se manifestou favoravelmente � decis�o do TJ e fez o que depois chamou de uma piada: "Mas a maioria dos advogados n�o acorda l� pelas 11 horas da manh� mesmo?". E acrescentou: "Ser� que advogados gozam de direitos absolutos neste Pa�s?". Um pedido de vista interrompeu o julgamento do caso.
"O advogado acorda muito cedo e dorme muito tarde, sempre vigilante em defesa do cidad�o, principalmente quando injusti�ado por autoridades arbitr�rias", protestou a OAB na nota. "Ao anunciar que a maioria dos advogados acorda �s 11 horas, o presidente do Supremo Tribunal Federal demonstra completo desconhecimento da realidade sofrida e de extrema dificuldade enfrentada pela advocacia brasileira", concluiu a OAB.
O Instituto dos Advogados de S�o Paulo (IASP) tamb�m emitiu nota para rebater as declara��es de Barbosa. "O IASP manifesta seu rep�dio pelo coment�rio desrespeitoso do ministro Joaquim Barbosa. (...) � motivo de profunda preocupa��o a conduta incompat�vel com o exerc�cio do cargo", acrescentou o presidente da institui��o, Jos� Hor�cio Halfeld.
O Movimento de Defesa da Advocacia (MDA) tamb�m divulgou nota e afirmou que a manifesta��o do ministro, mesmo que em tom de brincadeira, � "inadequada e deselegante". E afirma que a postura do ministro n�o se coaduna com a "import�ncia e a liturgia do cargo".
"A Advocacia n�o se cala diante dos epis�dios mais sombrios vividos na Hist�ria, de modo que tamb�m n�o poder� se calar em todas e quaisquer situa��es em que n�o apenas as prerrogativas profissionais sejam violadas, mas tamb�m quando as manifesta��es do chefe do Poder Judici�rio brasileiro ou de qualquer autoridade n�o se mostrem compat�veis com o Estado Democr�tico de Direito", concluiu a nota do MDA.