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Estado de Minas DITADURA

Delegados tamb�m eram investigados pelo regime militar

�ltima reportagem da s�rie sobre o prontu�rio de dom Helder no Dops revela que at� os homens encarregados de investigar supostos "subversivos" eram vigiados


postado em 20/05/2013 09:09

Um documento existente no prontu�rio de dom Helder Camara no Departamento de Ordem Pol�tica e Social (Dops), em Pernambuco, � revelador. Embora aparentemente sem v�nculo com a rede montada para vigiar o ex-arcebispo de Olinda e Recife, durante a ditadura militar, consta entre os relatos dos arapongas uma "rela��o dos prontu�rios de delegados de pol�cia" investigados. Muitos deles dilapidados no conte�do. Um fato que aponta para dois caminhos.

O primeiro � a constata��o de que o prontu�rio do sacerdote teve pe�as retiradas - e possivelmente destru�das - antes da reabertura democr�tica, nos anos 1980. Ind�cio dessa pr�tica � que foram preservados apenas 9,7% dos 176 prontu�rios dos delegados. O segundo � que os nomes constantes na lista evidenciam que ningu�m escapava da desconfian�a dos governos militares. Nem mesmo os agentes de seguran�a, como os delegados, escalados para manter "a ordem" no pa�s.

Era o governo vigiando o pr�prio governo. "O que fica claro, com isso, � que n�o havia preocupa��o somente em reprimir a esquerda, mas tamb�m preventiva", analisou gerente do Arquivo Dops do Arquivo P�blico Estadual Jord�o Emerenciano (Apeje), C�cero Souza. Por desconfian�a, os altos escal�es mandavam investigar a todos. Essa preocupa��o revelava-se na vigil�ncia aos delegados, que, ao menos oficialmente, eram do lado do regime. E respons�veis por investigar a��es e pessoas contr�rias � ordem. A "rela��o dos prontu�rios dos delegados de pol�cia" indica que na lista havia investigadores de pol�cia e auxiliares de legista.


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