O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), prov�vel candidato do partido ao Pal�cio do Planalto em 2014, voltou a aparecer ontem no programa da legenda em r�dio e televis�o. Ao contr�rio das grava��es veiculadas em 21 de maio, em que o parlamentar aparece como personagem principal, a produ��o que foi ao ar mostra tamb�m o ex-presidente da Rep�blica Fernando Henrique Cardoso; o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin; e o ex-governador do estado Jos� Serra.
Um dos pontos centrais do programa foram os ataques de A�cio Neves contra o desempenho da economia do governo da presidente Dilma Rousseff. Para o parlamentar, h� riscos do retorno da infla��o. Em parte das imagens, o partido mostra o senador em conversa com uma participante do programa afirmando que o tomate chegou a custar “R$ 10 o quilo”.
Com a propaganda institucional, o partido tenta dar visibilidade a A�cio. A estrat�gia da legenda � abordar estados, em particular os do Nordeste, como a Para�ba, onde ser�o tratadas quest�es espec�ficas das regi�es, com propostas para o desenvolvimento econ�mico e social. O senador buscar� ainda defender a heran�a de FHC, lembrando que o ex-presidente foi o respons�vel pelas privatiza��es realizadas no pa�s. O programa foi assinado pelos marqueteiros Renato Pereira e Chico Mendez. Apresentada em hor�rio nobre, a inser��o teve 10 minutos de dura��o e mostrou ainda A�cio passando por estradas de Minas Gerais em uma van.
Propaganda
Um dos primeiros programas para a propaganda eleitoral em 2013, que foram ao ar no dia 21, foi proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ministra Laurita Vaz, em decis�o tomada na sexta-feira, entendeu que o material levado ao ar apresentava “contornos pol�ticos-comunit�rios”, configurando infra��o ao artigo 45 da Lei dos Partidos Pol�ticos, que autoriza as legendas a fazer propaganda exclusivamente para divulgar ideias, mensagens aos filiados ou a posi��o da sigla sobre temas espec�ficos, nunca para publicidade pessoal.
A ministra argumentou que “as circunst�ncias de as inser��es estarem protagonizadas por lideran�a pol�tica titular de mandato eletivo e de explorar feitos supostamente encetados no exerc�cio do cargo n�o induzem, por si mesmas, � exclusiva promo��o pessoal em desvio das finalidades legais, sobretudo quando se cuida do presidente nacional do partido”. Em seguida, por�m, Laurita Vaz afirma que em uma das pe�as “h� uma n�tida predomin�ncia da linguagem em primeira pessoa, com �nfase na atua��o” de A�cio Neves, “al�m da exorta��o ao p�blico para conversar, encerrada com a frase: ‘porque juntos podemos cuidar melhor do Brasil’”.
A decis�o teve como base a��o impetrada no TSE pelo PT contra a propaganda dos tucanos. Em nota divulgada na segunda-feira, o PSDB nacional afirmou que a ministra n�o acatou os termos da representa��o dos rivais e que “uma �nica inser��o foi suspensa em raz�o de conter uma frase n�o compat�vel com os termos estabelecidos para propaganda de natureza partid�ria”. (Com ag�ncias)