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Estado de Minas

PF vai apurar morte de �ndio em fazenda em MS


postado em 31/05/2013 09:55

O Minist�rio da Justi�a determinou que a Corregedoria da Pol�cia Federal investigue a morte do �ndio terena Oziel Gabriel, de 35 anos, durante a reintegra��o de posse de uma fazenda ontem, em Mato Grosso do Sul. O ministro Jos� Eduardo Cardozo disse haver imagens da a��o, que envolveu policiais federais e militares, e que, por ora, � imposs�vel dizer quem matou o �ndio. “Caso exista abuso, tomaremos as medidas cab�veis.”

A reintegra��o de posse da Fazenda Buriti - situada no munic�pio de Sidrol�ndia, a 70 km de Campo Grande, e pertencente ao ex-deputado estadual pelo PSDB Ricardo Bacha - foi determinada pela Justi�a Federal. Houve confronto entre os ind�genas e as for�as policiais - 250 PMs e um contingente da PF n�o informado pelo �rg�o. Al�m da morte de Gabriel, que era pai de dois adolescentes, ao menos cinco �ndios e tr�s policiais federais teriam sido feridos.

A PF prendeu 14 ind�genas adultos e outros 3 menores ficaram apreendidos na delegacia de Sidrol�ndia. Foram encontradas duas espingardas e um rev�lver, segundo o superintendente da PF, Edgar Marcon. Os �ndios deixaram o local e voltaram para a Aldeia C�rrego do Meio, no mesmo munic�pio, onde come�aram a velar o corpo de Gabriel. O enterro ser� hoje.

Ap�s o confronto e a not�cia da morte do �ndio, o governo de Mato Grosso do Sul afirmou em nota que os policiais militares usaram balas de borracha na a��o, e n�o armas de fogo. O texto diz que “o comando da PM recebeu da Pol�cia Federal informa��o de que contra os policiais teria sido utilizada arma de fogo”. A PF em Mato Grosso do Sul informou que seus homens foram recebidos com disparos de armas de fogo.

Em Bras�lia, o ministro da Justi�a disse n�o ter sido procurado pelo governador do Estado, Andr� Puccinelli (PMDB), e foi ir�nico ao ser questionado sobre a informa��o de que a PM afirmou n�o ter usado armas de fogo. “Ent�o ele (Puccinelli) j� tem a investiga��o conclu�da?”, afirmou Cardozo ao Estado.

Disputa
A delimita��o da terra alvo da disputa ocorreu em 2010, quando a �rea da etnia terena passou de 2 mil para 17,2 mil hectares. A terra ind�gena engloba nove aldeias, com cerca de 3.500 �ndios, que ocupam 3 mil hectares. Atualmente, h� 62 propriedades invadidas no Estado, das quais 17 est�o na regi�o de Sidrol�ndia. A��es judiciais impedem a demarca��o f�sica dos limites da �rea.

Segundo Cardozo, a ordem de reintegra��o j� havia sido expedida anteriormente pelo juiz que, alertado por um oficial de Justi�a sobre a dificuldade em se cumprir o mandado pacificamente, suspendeu a decis�o e promoveu na noite de quarta-feira uma audi�ncia para buscar acordo entre os �ndios e o propriet�rio da fazenda. O ministro disse que Bacha n�o aceitou aguardar o fim dos recursos e, com isso, a Justi�a determinou a reintegra��o. Cardozo reconheceu que “h� uma situa��o de tens�o real” envolvendo as terras ind�genas no Pa�s.

Ontem, Bacha afirmou que o confronto era “desgra�a anunciada” e culpou o Conselho Mission�rio Indigenista (Cimi) por “incitar” a ocupa��o das fazendas. O advogado do Cimi, Luiz Henrique Eloi, disse que a declara��o � “absurda” e que a entidade � contra “reintegra��o sem a presen�a de autoridades de defesa dos direitos humanos”. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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