A vincula��o dos nomes de vereadores, deputados estaduais e federais e outros pol�ticos que pretendam se candidatar nas elei��es do ano que vem deve ser feita com cautela, para evitar problemas com a Justi�a Eleitoral. O conselho � do coordenador das Promotorias Eleitorais, Edson Resende. Ele esclarece que, dependendo da forma de exposi��o do parlamentar, o ato pode ser considerado propaganda extempor�nea e sujeitar o respons�vel a multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil e � perda da elegibilidade.
Os vereadores e deputados n�o veem problema na participa��o em festas nos redutos eleitorais e admitem que � uma forma de marcar presen�a entre os moradores. “S�o v�rios patrocinadores que o evento tem, inclusive o deputado Anselmo Domingos, e a gente ajuda para tentar divulgar o nosso nome e ajudar, j� que (a academia m�vel) � no Barreiro”, afirma o vereador Juliano Lopes (PSDC), que garante n�o ser candidato no ano que vem. Sobre a dobradinha com o deputado, que deve tentar a reelei��o em 2014, o vereador diz que ainda n�o decidiu quem vai apoiar na campanha. “H� v�rios outros procurando a gente, n�o decidi ainda”, disse. Anselmo Domingos tamb�m foi procurado, mas n�o retornou.
O deputado federal Lu�s Tib� justifica o apoio ao almo�o das m�es por ser em sua base eleitoral e um evento da ONG que ele fundou. “N�o s� na festa da ONG, mas nas igrejas fa�o homenagem, dou cart�ozinho na entrada da missa, mais para homenagear. A regi�o est� acostumada com a nossa presen�a, tive 28 mil votos na Regional Nordeste, n�o � por elei��o n�o. Se eu deixar de participar � que v�o estranhar”, afirma.
O vereador e pr�-candidato a deputado estadual Tarc�sio Caixeta (PT) se indignou com o questionamento sobre sua participa��o no Folia com Cristo. “N�o se pode mais ir nem a uma prociss�o? Foi um apoio institucional, uma presen�a pol�tica para botar os jovens para sa�rem das drogas, inclusive fui � missa e fui embora em seguida”, afirmou. Apesar de o folheto de divulga��o com seu nome falar em show, louvor, missa e trio el�trico, Caixeta disse que “botaram uma pessoa da comunidade para cantar”. Segundo ele, � obriga��o do parlamentar mobilizar a sociedade para os temas importantes. “Daqui a pouco v�o nos proibir de fazer pol�tica”, disse.
‘NATURAL’ O patroc�nio nas camisetas no mesmo evento foi, segundo o deputado estadual Paulo Lamac (PT), algo natural da sua rela��o com a comunidade. O parlamentar disse que patrocinou somente as camisetas, mas em outros casos poderia ajudar em quest�es burocr�ticas, como solicitar policiamento. Sobre a proximidade do pleito, rebateu: “Todo ano � eleitoral ou pr�-eleitoral e a lei � clara ao definir as limita��es. N�o estamos fazendo propaganda e n�o h� qualquer associa��o com campanha”, disse.
Bim da Ambul�ncia, cotado para concorrer a uma vaga na Assembleia, tamb�m n�o v� problemas em divulgar sua participa��o nos eventos. “� minha empresa privada, a Bim Resgate, sou contratado e pago pelo organizador e � o nome dela que identifica o servi�o. � o trabalho de toda a minha vida”, justifica.