
Em passagem pelo Rio Grande do Norte, a presidente Dilma Rousseff refor�ou nesta segunda-feira a preocupa��o com o Semi�rido nordestino e anunciou benfeitorias para a regi�o. As faixas estendidas por pequenos produtores rurais na entrada do Centro Administrativo do Estado pedindo anistia das d�vidas n�o passaram em branco, embora a maior parte dos manifestantes tenha sido mantida distante de Dilma. Ao anunciar um Plano Safra especial para o Semi�rido, ela prometeu: "As d�vidas ser�o equacionadas".
Ao se despedir, insistiu: "Em rela��o �s d�vidas, teremos novidades". Ela n�o detalhou, no entanto, como ser� a renegocia��o com os agricultores. O Plano Safra existe para a agricultura comercial e familiar e agora, de acordo com Dilma, a vers�o para o Semi�rido ter� constru��o de barragens, sistemas coletivos de abastecimento de �gua e assist�ncia t�cnica para diminuir as perdas na produ��o agr�cola e cria��o de animais.
A presidente prometeu uma s�rie de benef�cios para as cidades do Semi�rido e tamb�m de outras regi�es castigadas pela seca e voltou a criticar governos anteriores ao do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva por falta de investimentos. "O Brasil passou muito tempo sem obras, sem projetos. Viemos de uma �poca que n�o tinha projetos nem investimentos (...) O governo federal dizia que seguran�a p�blica era atribui��o do Estado. Lavava as m�os e fingia que n�o via o que estava acontecendo", discursou, aos prefeitos de 149 munic�pios potiguares que encheram o sal�o para receber chaves de retroescavadeiras e motoniveladoras entregues por Dilma.
Foram beneficiadas localidades de menos de 50 mil habitantes e que est�o em estado de emerg�ncia por causa da seca. "O Brasil n�o crescer� se o Nordeste n�o crescer acima da m�dia do Pa�s. O Nordeste precisa tirar o atraso (...) Temos de dar condi��es para que ocorra um surto de desenvolvimento aqui, mais virtuoso do que aconteceu no Sul e Sudeste, que t�m partes que s�o pequenos Nortes e Nordestes. Temos de ter crescimento homog�neo" afirmou.
A presidente disse que todos os ministros est�o atentos aos efeitos da seca e prometeu novas a��es para minimizar o impacto da estiagem, al�m de citar iniciativas como amplia��o da Bolsa Estiagem, que ajuda fam�lias que tiveram as produ��es agr�colas e cria��es de animais prejudicadas.
"O povo vai continuar recebendo todo o apoio necess�rio para enfrentar a seca, para superar a seca como trag�dia. Teremos uma vit�ria n�o contra o clima, mas mostraremos que o homem � capaz de controlar as condi��es adversas. N�o hesitarei em gastar dinheiro federal nessa �rea", prometeu Dilma, que disse n�o diferenciar aliados e opositores no momento de investir. "N�o olho o partido, o time, a religi�o. O que importa � que todos fomos eleitos pelo voto popular, o que nos torna comprometidos com a popula��o dos munic�pios, dos Estados, do Pa�s", disse.
Royalties
Em discurso de muitas promessas, a presidente pediu ajuda dos prefeitos na luta para que os investimentos dos royalties do petr�leo sejam destinados � educa��o. "Vamos expandir os programas sociais at� tirarmos o �ltimo dos brasileiros da mis�ria", disse, mas insistiu que o Brasil s� ser� um pa�s "de classe m�dia" quando houver educa��o de qualidade para todos. "Quando completarmos essa fase teremos dado um salto", afirmou. No gramado do Centro Administrativo, produtores rurais haviam estendido faixas em que lembravam o perd�o da d�vida dos pa�ses da �frica concedido por pela presidente. "A d�vida dos africanos foi perdoada. Perdoa a d�vida dos agricultores do Nordeste", pediam os manifestantes.