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Estado de Minas

Em novo conflito, �ndio terena � baleado nas costas


postado em 05/06/2013 08:25 / atualizado em 05/06/2013 08:42

Campo Grande - Cinco dias ap�s a morte de um �ndio em Sidrol�ndia (MS), o terena Josiel Gabriel Alves, de 34 anos, foi baleado nas costas quando estava na �rea da Fazenda S�o Sebasti�o. A propriedade � uma das �reas reivindicadas pelos �ndios em protesto contra a morte de Oziel Gabriel, de 35 anos, na �ltima quinta-feira.

O tiro que atingiu Josiel - que � primo de Oziel - partiu de uma caminhonete prata, por volta das 17h (hor�rio de Bras�lia), segundo testemunhas. Ele recebeu os primeiros socorros no hospital de Sidrol�ndia e foi transferido para a Santa Casa de Campo Grande, onde chegou por volta das 20h. De acordo com o m�dico Newton Renato Couto, Josiel n�o apresentava movimentos nas pernas, mas n�o corria risco de morrer.

A bala ficou alojada na altura da clav�cula, pr�xima � coluna vertebral.

A Pol�cia Federal foi acionada e vai apurar o epis�dio. Outros quatro �ndios estavam com Josiel na hora do ataque - dois estavam desaparecidos at� as 21h de ter�a-feira, 4. Os �ndios de Sidrol�ndia, a 70 km da capital, receberam apoio de outros movimentos sociais do Mato Grosso do Sul, como o dos Sem Terra e o Movimento Campon�s de Luta pela Reforma Agr�ria, dissid�ncia do MST que auxilia na organiza��o de marcha de protesto que chega nesta quarta-feira, 5, a Campo Grande.

Resist�ncia

Aos gritos de “Oziel Terena” - o �ndio morto em conflito com a pol�cia na semana passada -, cerca de 200 manifestantes receberam os irm�os e a m�e de Oziel, Maria de F�tima, � beira da BR-163, a 25 km da capital. O �ndio foi assassinado durante despejo na Fazenda Buriti, uma das �reas que, segundo os manifestantes, est�o no que a Funai j� estabeleceu como Terra Ind�gena Buriti, em disputa desde 1993.

“Mataram nosso irm�o, mas n�o v�o nos parar”, gritou Elizur Gabriel, irm�o mais velho de Oziel, um dia ap�s o enterro na aldeia C�rrego do Meio, onde vive a fam�lia.

Os terena querem a posse de 17,3 mil hectares que julgam lhes pertencer, hoje ocupados por fazendas e at� �reas urbanas. “N�s n�o queremos o Brasil todo”, afirmou Elizur. “Queremos essas terras para deixar para nossos filhos e netos. O governo gasta dinheiro at� com o futebol, Copa do Mundo, e n�o tem dinheiro para garantir as nossas terras.”

Segundo o irm�o mais velho de Oziel, os �ndios n�o aguentam mais esperar por solu��es de governo. Eles ocuparam na segunda-feira, 3, mais duas fazendas: Lindoia e S�o Jos�, vizinhas da �rea do conflito. E prometem retomar novas terras nos pr�ximos dias. A Buriti � de propriedade do ex-deputado Ricardo Bacha (PSDB), que obteve na Justi�a ordem de reintegra��o de posse, executada pela pol�cia na semana passada.

O advogado Newley Amarilla, que defende Bacha, afirmou que vence nesta quarta-feira, 5, prazo dado pela Justi�a para que os �ndios desocupem a Buriti. Segundo ele, os �ndios e a Funai foram notificados na segunda-feira, 3, de que teriam 48 horas para deixar o local. Conforme decis�o da ju�za Raquel do Amaral, da Justi�a Federal do Mato Grosso do Sul, se a retirada n�o for feita, a Uni�o estar� sujeita a multa di�ria de R$ 1 milh�o. Colaborou L�cia Morel.


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