Pelo menos 150 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram na manh� desta quarta-feira a Fazenda S�o Domingos, em Sandovalina, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado. Os sem-terra chegaram num comboio de caminh�es e carros, cortaram a cerca e, segundo a Pol�cia Militar, destru�ram uma planta��o de milho para instalar os barracos. � a s�tima fazenda ocupada por movimentos de luta pela terra no interior de S�o Paulo desde domingo. J� na S�o Domingos, esta � a 19ª invas�o. A anterior foi em abril do ano passado.
Das outras seis fazendas invadidas pelos sem-terra, apenas a Floresta, em Marab� Paulista, e a Nossa Senhora de Lourdes, em Junqueir�polis, continuavam ocupadas. Nesta quarta-feira, os sem-terra atenderam a uma ordem judicial e deixaram a Fazenda Esperan�a, em Iep�, invadida desde a segunda-feira.
Incra ocupado
Cerca de 200 militantes do MST ocuparam nesta quarta-feira o escrit�rio do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra) em Bauru, regi�o noroeste do Estado. O grupo protestava contra a ordem judicial de desocupa��o da Fazenda Santo Henrique, da ind�stria de laranja Cutrale, em Borebi, que havia sido invadida no domingo. A Justi�a de Len��is Paulista mandou os sem-terra deixarem a propriedade em 24 horas, sob pena de multa de R$ 500 por invasor.
O superintendente do Incra, Wellington Diniz Monteiro, deslocou-se para Bauru e, � tarde, reunia-se com lideran�as do movimento. De acordo com a assessoria do �rg�o, o encontro com os l�deres do MST j� estava agendado. Apesar da ocupa��o, o escrit�rio n�o teve o expediente interrompido. O Incra informou que a fazenda � objeto de a��o reivindicat�ria por se tratar de �rea p�blica ocupada irregularmente. O �rg�o obteve imiss�o na posse do im�vel, mas a liminar foi cassada pela Cutrale. O processo ainda aguarda julgamento.
Funcion�rios da empresa encontraram marcas de vandalismo na fazenda, ap�s a desocupa��o pelo MST, na manh� desta quarta-feira. Toneladas de laranja madura foram jogadas e as paredes do pr�dio da administra��o, bem como os para-brisas de caminh�es, foram pichadas com frases contra a Cutrale. Os preju�zos ainda n�o foram calculados.