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Estado de Minas

�ndios Terenas v�o a Bras�lia e querem falar com Dilma


postado em 06/06/2013 10:48

Um grupo de 30 �ndios deixou ontem a regi�o de Sidrol�ndia (MS) em um �nibus e espera chegar na manh� desta quarta-feira a Bras�lia. Os ind�genas partiram com a expectativa de serem ouvidos pelo ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo - que ontem foi a Campo Grande e sobrevoou a fazenda ocupada pelos terenas -, mas querem mais: v�o pedir uma audi�ncia com a presidente Dilma Rousseff.

Ao chegar a Mato Grosso do Sul, �s 8h40 (hor�rio local), Cardozo soube que a Justi�a Federal havia suspendido a reintegra��o de posse da Fazenda Buriti, onde o �ndio Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto na semana passada. O irm�o ca�ula da v�tima, Deones Gabriel, est� no grupo que viajou para Bras�lia.

Para Cardozo, a solu��o para conflitos ind�genas como o de Mato Grosso do Sul n�o depende apenas de “vontade pol�tica” nem ser� obtida com “varinha m�gica”. “O Estado brasileiro, o Minist�rio P�blico, o Judici�rio, os Poderes Executivos Federal e Estadual t�m que pactuar uma sa�da para esse impasse.”

Da Base A�rea de Campo Grande, o ministro seguiu de helic�ptero para Sidrol�ndia com o governador de Mato Grosso do Sul, Andr� Puccinelli (PMDB), do superintendente da Pol�cia Federal no Estado, Paulo Marcon, e do secret�rio estadual de Justi�a, Wantuir Jacini.

Vig�lia

A aeronave n�o pousou na regi�o do conflito, onde desde o in�cio do dia cerca de 200 terenas faziam vig�lia na entrada da fazenda Buriti. � espera da tropa de 110 homens da For�a Nacional enviada pelo governo federal. “Vamos ouvir o que eles t�m para dizer e ver como � que eles chegam aqui”, afirmou Otoniel Gabriel, um dos l�deres dos �ndios. Com a reintegra��o de posse suspensa, as for�as de seguran�a n�o foram � fazenda invadida. Mas, ao longo da manh�, �nibus levavam �ndios de outras etnias, dispostos a ajudar os terenas na ocupa��o da Buriti.

Do lado dos fazendeiros, o dia tamb�m foi tenso. Pela manh�, propriet�rios rurais que tiveram terras ocupadas nos �ltimos dias tentaram carregar o gado para fora da �rea de conflito.

“O meu preju�zo est� em torno de R$300 mil”, disse Rubens do Amaral J�nior, que transferiu cerca de 900 cabe�as pela manh� em caminh�es carregados na fazenda ao lado da Buriti. Ele arrendava parte da fazenda Lindoia, na qual os terenas entraram depois do assassinato de Oziel. “Eles falaram pro funcion�rio: vai embora. S� deu tempo de ele pegar uma motinho. Ficaram com tudo, trator, tralhas de arreio, casa, tudo”, contou Amaral.

De acordo com o produtor rural, no dia seguinte os �ndios passeavam com o trator confiscado da propriedade. “Ainda tem l� umas 70, 80 novilhas. Eles levaram umas 200 cabe�as para a aldeia deles.”

No fim da manh�, j� de volta a Campo Grande, Cardozo se reuniu com ind�genas acampados ao lado do J�quei Clube da cidade. L�, recebeu documentos que reivindicam a celeridade na demarca��o de terras e tamb�m reclama��o contra o projeto de Emenda Constitucional 215, que transfere ao Legislativo o poder de decis�o dobre a demarca��o de terras.

Apesar de afirmar que saiu de Mato Grosso do Sul “esperan�oso” de ter passado a mensagem de “redu��o da viol�ncia”, Cardozo reconheceu que “evidentemente o problema ganha cada vez mais contornos explosivos � medida que ele n�o � resolvido”. “A primeira tarefa � fazer com que as pessoas percebam que n�o podem agir com viol�ncia”, disse o ministro.


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