A presidenta Dilma Rousseff encerrou a visita de dois dias a Portugal avaliando que o com�rcio bilateral entre os dois pa�ses “pode progredir mais”.
Conforme os dados do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio (MDIC), a corrente de com�rcio entre o Brasil e Portugal no ano passado foi US$ 2,623 bilh�es (10% a menos que em 2011), com saldo de US$ 625 milh�es favor�veis ao Brasil, metade do valor de 2011 (US$ 1,2 bilh�o).
No primeiro bimestre deste ano, o saldo comercial foi US$ 37 milh�es favor�veis a Portugal. O aumento de exporta��es de produtos (como vinho e azeite) e de servi�os (educa��o) para o Brasil � desejada por Portugal, em recess�o h� mais de dois anos e com quase 1 milh�o de pessoas desempregadas.
“O Brasil acompanha com aten��o o esfor�o do povo portugu�s para atravessar uma circunst�ncia econ�mica desafiante. Conhecemos a hist�ria de Portugal, a grandeza de seu povo, a energia de seu esp�rito empreendedor, somos um pouco herdeiros dessas qualidades. Sabemos que as dificuldades transit�rias ser�o superadas. Queremos ser parceiros solid�rios e fomentar intercambio crescente. Afinal os verdadeiros amigos s�o aqueles que se fazem presentes nos momentos de dificuldades”, disse Dilma Rousseff ao fazer o brinde em jantar oferecido na noite desta segunda-feira em Portugal.
Dilma tamb�m manifestou interesse em receber mais investimentos portugueses. O governo brasileiro prepara para fazer novas concess�es nas �reas de transporte e energia no segundo semestre, inclusive em �reas onde h� capital lusitano desde a abertura econ�mica na d�cada de 1990.
No in�cio do jantar, o presidente Cavaco Silva agradeceu a visita de Dilma Rousseff no dia que se comemora a data nacional de Portugal (10 de junho) e assinalou que “o Brasil � uma refer�ncia incontorn�vel e que o relacionamento entre os dois pa�ses tem “valor estrat�gico fundamental”.
Mais cedo, os dois presidentes assinaram conv�nios nas �reas de educa��o, ci�ncia e tecnologia. De acordo com a imprensa de Portugal, havia expectativa de que a visita de Dilma Rousseff pudesse mobilizar interesse brasileiro pelo programa de privatiza��o de estatais do pa�s.