A�cio e Campos j� creem em 2� turno

Bras�lia - A queda na avalia��o da presidente Dilma Rousseff detectada em pesquisas de opini�o faz os potenciais candidatos de oposi��o ao governo considerarem mais certa a hip�tese de segundo turno na disputa eleitoral de 2014.

As avalia��es dos presidentes nacionais do PSDB, senador A�cio Neves (MG), e do PSB, governador Eduardo Campos (PE), feitas a interlocutores s�o de que o risco de aumento de infla��o, exibido nos programas de TV dos dois partidos, teve forte influ�ncia nos n�meros do Datafolha, publicado no domingo, 9, e na CNT/MDA, divulgada na ter�a-feira, 11. Nos dois levantamentos, Dilma tem mais de 50% dos votos, mas os potenciais candidatos acreditam que, com a campanha na TV em 2014, esse �ndice tende a cair.

Campos lembrou a auxiliares que, em 2010, mesmo com o PIB subindo aproximadamente 7%, a popularidade do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva nas alturas e tendo uma ampla coliga��o, Dilma teve no primeiro turno 46,91% dos votos, contra 32,61% de Jos� Serra (PSDB) e 19,33% de Marina - na �poca, no PV.

Trio

Campos e A�cio disseram aos auxiliares que o trio que hoje desponta como oposi��o � mais competitivo do que os advers�rios do governo em 2010. E que o PSDB, em qualquer condi��o, costuma ter cerca de 30% dos votos no primeiro turno. “N�s n�o temos mais d�vida de que haver� segundo turno”, disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Para o senador �lvaro Dias (PSDB-PR), ficou claro que a insatisfa��o cresceu, o que vai levar a elei��o para o segundo turno. “De forma geral, nota-se queda do otimismo em rela��o a temas centrais como emprego, renda mensal, al�m de piora em temas como sa�de, educa��o e seguran�a”, afirmou.

Tanto Campos quanto A�cio avaliam que, no pr�ximo semestre, os programas dos partidos de oposi��o na TV devem insistir nas cr�ticas ao governo. A primeira legenda a ir ao ar no segundo semestre ser� a Mobiliza��o Democr�tica (resultado da fus�o do PPS com o PMN), em 26 de julho. O PSDB far� seu pr�ximo programa em 19 de setembro e o PSB, em 10 de outubro.

A ideia dos dirigentes do MD, como o presidente, Roberto Freire (SP), e o l�der na C�mara, Rubens Bueno (PR), � bater no governo, com destaque para a falta de controle da infla��o e o fraco crescimento do Pa�s.

Uma an�lise feita pelos principais assessores de Campos ao governador concluiu que, pela primeira vez em muitos anos, o governo apresentou queda na popularidade e os prov�veis advers�rios cresceram. � mesma conclus�o chegou a equipe de A�cio. Ambos planejam mais viagens pelo Pa�s nos pr�ximos meses.