
Dos R$ 89 milh�es previstos no or�amento da Funda��o Nacional do �ndio (Funai) para demarca��o e regulariza��o de terras ind�genas no pa�s este ano, menos de 10% sa�ram dos cofres at� agora. Apenas R$ 7,3 milh�es foram efetivamente pagos, j� considerando os restos a pagar (empenhos de anos anteriores quitados no atual exerc�cio). Embora os recursos destinados a resolver problemas fundi�rios que envolvem essas comunidades tenham aumentado quase seis vezes este ano em rela��o a 2012 — quando o montante foi de apenas R$ 16,9 milh�es —, a lentid�o na execu��o das a��es se reflete na crise atual da pol�tica indigenista brasileira (veja o quadro). Um protesto na Esplanada dos Minist�rios reuniu cerca de 150 �ndios, que est�o em Bras�lia desde a semana passada para cobrar respostas do governo.
Acampados na Funai desde segunda-feira, os �ndios marcharam pela Esplanada e pararam em frente � pasta de Minas e Energia, onde se deitaram no ch�o e marcaram o contorno do corpo com tinta branca — como peritos fazem em cenas de homic�dio. O grupo protestou contra a constru��o de usinas hidrel�tricas na Amaz�nia. Mais numerosos entre os manifestantes, os mundurucus reclamam que ser�o afetados pelas obras de barragem do Rio Tapaj�s, no Par�. Eles criticam o fato de o governo federal, respons�vel pelos empreendimentos, n�o ter feito uma consulta pr�via, em respeito ao direito de veto deles, como determina a Constitui��o Federal e a Conven��o 169 da Organiza��o Internacional do Trabalho. A Usina Hidrel�trica de Belo Monte � um outro ponto de destaque da pauta ind�gena.