Rio de Janeiro e S�o Paulo – Os manifestantes que voltaram �s ruas nessa segunda-feira rejeitaram a presen�a de partidos pol�ticos, que, desde o in�cio da onda de protestos contra os aumentos das tarifas de passagens, estavam � margem desses atos. No in�cio da manifesta��o no Rio, houve um princ�pio de tumulto entre representantes de partidos pol�ticos, que come�aram a vaiar uns aos outros, mas foram recha�ados. “Nenhum partido tutela este protesto”, afirmou um dos coordenadores da manifesta��o, do alto do carro de som. Entre os manifestantes era poss�vel ver cartazes que diziam: “Nenhum partido me representa”. Muitos manifestantes tentaram convencer os integrantes de legendas a recolher as bandeiras, sem sucesso.
Em S�o Paulo, os partidos come�aram a engrossar sua participa��o nos atos que ganham for�a no pa�s. O movimento ganhou as ruas da capital paulista com a for�a virtual dos usu�rios da internet, em redes sociais, sem apoio partid�rio. E, se antes apenas uma bandeira ou outra tremulava entre os manifestantes, ontem o movimento atraiu lideran�as nacionais do PSOL e do PSTU; caravanas do PT foram organizadas do interior para a capital e at� militantes do PSDB, � revelia do partido, juntaram-se � multid�o.
Presidente nacional do PSOL, o deputado Ivan Valente participou ontem pela primeira vez do ato em S�o Paulo. Disse que o partido tem tido militantes nas ruas desde a primeira passeata e considerou natural um crescimento da ades�o da legenda, uma vez que o protesto ganha for�a. “O PSOL participa do MPL (Movimento Passa Livre) em v�rios estados. O MPL n�o nasceu agora. Mas esse � um movimento aut�nomo. Nosso papel � claro. Nossos ativistas est�o identificados e t�m um objetivo pol�tico, que � conquistar a vit�ria do passe livre”, afirmou Valente.
O presidente nacional do PSTU, Jos� Maria de Almeida, tamb�m foi a uma passeata do MPL pela primeira vez ontem. A representa��o da sigla nos outros quatro protestos deu-se por meio de militantes ligados ao grupo de jovens do partido. Isso porque uma das l�deres da Juventude do PSTU, Arieli Tavares, � integrante da Associa��o Nacional de Estudantes – Livre (Anel), entidade que tem ajudado na mobiliza��o pelas redes sociais.
No PT, o movimento tem despertado o interesse da ala mais � esquerda. Diante do crescimento r�pido dos atos, o grupo da Juventude do PT de S�o Paulo decidiu na semana passada aderir ao grupo dos estudantes, apesar de o prefeito Fernando Haddad (PT) ser um dos alvos dos manifestantes.