O vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que, para ouvir "a voz das ruas", como sustenta a presidente Dilma Rousseff, deve-se fazer um plebiscito. Ele negou que o Pal�cio do Planalto pretenda convocar uma Assembleia Constituinte espec�fica para tratar da reforma pol�tica.
Mais cedo, pela manh�, Temer participou de audi�ncia no Pal�cio do Planalto com Dilma, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Co�lho.
"Acho que em nenhum momento houve uma express�o referente (de Dilma) � Constituinte exclusiva. Eu acho (a Constituinte exclusiva) invi�vel, por uma raz�o singela: a Constituinte � algo que significa o rompimento da ordem jur�dica, seja ela exclusiva, ou n�o, porque nunca ser� exclusiva, sempre abarcar� uma por��o de temas. Para a solu��o atual, n�o se faz necess�rio uma Constituinte; o que se faz necess�rio � consultar o povo, o povo vai dizer qual a reforma pol�tica que quer", afirmou Temer.
Questionado se seria o caso de se convocar extraordinariamente o Congresso, Temer respondeu: "Se for necess�rio, pode-se convocar, mas tenho a impress�o de que, se houver uma certa rapidez nessas mat�rias, convoca-se o plebiscito para daqui a uma semana, duas semanas, estabelece-se um prazo para o plebiscito, dois meses, tr�s meses, e na sequ�ncia o Congresso pode aprovar essa mat�ria."
Para Temer, a presidente Dilma Rousseff "n�o voltou atr�s". "Ela na verdade quis dizer aquilo que acabei de salientar: quis focalizar o tema do plebiscito e est� corret�ssima. N�o se trata de Constituinte, trata-se de consulta popular", frisou Temer, que disse que s� conversou nesta segunda-feira com a presidente.