Na grava��o, o pastor faz quest�o de ressaltar que o projeto n�o � de sua autoria, mas do deputado Jo�o Campos (PSDB-GO), tamb�m da bancada evang�lica. Apesar de o projeto abrir uma brecha para o “tratamento” de gays, o deputado Feliciano afirma, no v�deo, que homossexualidade n�o � doen�a.
“N�o existe cura gay, porque homossexualidade n�o � doen�a”, diz o deputado. Ele continua: “Mas n�o podemos tolher o direito de um profissional, como um psic�logo, de estudar um assunto que ainda n�o se colocou nele um ponto final, ainda � uma inc�gnita, ainda � um fen�meno”.
O deputado omite o fato de que o projeto � apoiado por religiosos, n�o por psic�logos. A proposta, que passar� ainda por duas comiss�es da C�mara antes de ir a plen�rio, suspende trechos de resolu��o do Conselho Federal de Psicologia (CFP), de 1999. Ela anula, por exemplo, o par�grafo �nico que diz que “os psic�logos n�o colaborar�o com eventos e servi�os que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.
O Conselho j� se manifestou contra o projeto. Para a conselheira Cynthia Ciarallo, a retirada desse trecho da resolu��o indica que h� uma inten��o concreta de permitir que os psic�logos possam trabalhar pela cura da homossexualidade.
Manifesta��es
Feliciano ser� alvo de novas manifesta��es contra sua presen�a no comando da comiss�o. Oito cidades, entre elas S�o Paulo e Bras�lia, convocaram para esta quarta-feira, 26, protestos contra o deputado. “Quem derrubou o pre�o das tarifas vai derrubar Feliciano”, diz a p�gina do evento no Facebook, em refer�ncia �s manifesta��es dos �ltimos dias.
No v�deo, Feliciano afirma ter sido usado como “bode expiat�rio” pela imprensa para tirar o foco do descontentamento das pessoas. Segundo o deputado, depois que os jornais pararam de falar dele e come�aram a mostrar os problemas do Brasil, as manifesta��es tomaram as ruas.