
Para o ministro, o apartidarismo do movimento pode ser considerado como uma cr�tica � forma como os partidos se organizam at� agora. "Seja no Congresso, seja no Executivo e � importante se procurar a raz�o." Ele salientou, no entanto, que democracia n�o � poss�vel sem express�o partid�ria. "Democracia sem partido n�o existe. O que existe sem partido � ditadura."
Carvalho afirmou ser necess�rio que autoridades tenham "humildade e ouvidos abertos" para interpretar as recentes manifesta��es. "Estou cada vez mais satisfeito. Tirando o vandalismo, resultado da a��o de gente que se aproveita, o Brasil est� ganhando. Sempre sonhamos com o Brasil mais participativo. O movimento reivindica algumas quest�es que s�o dif�ceis, mas temos de dialogar. O Pa�s vive um momento precioso que for�a as institui��es a tomar atitudes. Nada mais saud�vel".
Questionado se a manifesta��o dos �ltimos dias n�o seria um sintoma da falta de canais de di�logo do governo com a sociedade ele afirmou ser necess�rio ter humildade. Ele argumentou que o setor que agora se manifesta at� ent�o n�o estava organizado, n�o se manifestava. "Essa � uma forma nova de atua��o. Cabe a n�s entender esse novo movimento, analisar com humildade, entender o que se quer."
O Semin�rio Mem�ria e Compromisso, que contou hoje com a presen�a de Carvalho, est� sendo realizado na capital federal pela Comiss�o Brasileira de Justi�a e Paz (CBJP), organismo vinculado � Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Tem por objetivo relembrar a atua��o dos crist�os no processo de anistia pol�tica e de redemocratiza��o do Brasil durante o per�odo de 1964 a 1988.