A passeata desta quinta-feira no centro do Rio, que reuniu cerca de 8 mil pessoas, foi marcada pela volta de bandeiras vermelhas de partidos de esquerda �s ruas e por cr�ticas � a��o policial que resultou em 10 mortes no complexo de favelas da Mar�, na zona norte do Rio, na noite de segunda-feira, 24. Foi o 13.º protesto realizado no Rio desde o dia 6.
Os gritos "Resiste, Mar�", "A favela t� na rua, Cabral a culpa � sua" e "Pula, sai do ch�o, quem � contra o Caveir�o" foram repetidos diversas vezes na Rio Branco. Durante a manifesta��o, o deputado Marcelo Freixo (PSOL), presidente da comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, disse que teve uma reuni�o nesta quinta-feira com o secret�rio estadual da Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame, na qual entregou imagens que, segundo ele, mostram um grupo de nazi-fascistas atacando militantes de esquerda na passeata de quinta-feira, que reuniu mais de 300 mil pessoas na Avenida Presidente Vargas. "Uma coisa � o sentimento da popula��o contra partidos, outra s�o esses ataques, que precisam ser investigados", disse Freixo. Na segunda-feira, durante manifesta��o realizada na Rio Branco por grupos como a Uni�o Contra a Corrup��o (UCC), estandartes de partidos pol�ticos foram vetados.
Na reuni�o de Freixo com Beltrame foi abordada a viol�ncia policial contra manifestantes no centro do Rio ap�s o ato de quinta e a a��o do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope) da PM na Mar�. "O di�logo foi �timo, agora tem que ter um desdobramento, com investiga��es." Freixo tamb�m pediu que haja di�logo da PM com manifestantes para evitar problemas no domingo quando ser� realizada a final da Copa das Confedera��es, no Maracan�.
Na manifesta��o desta quinta, muitos pediam em faixas e cartazes a desmilitariza��o da PM. Um grupo de 30 ind�genas expulsos pelo governo estadual do pr�dio do antigo Museu do �ndio, ao lado do Maracan�, participou do ato. Dezenas de PMs da Tropa de Choque cercaram o pr�dio da assembleia legislativa, palco de violento confronto na semana passada.