(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DEPUTADO NA CADEIA

Condenado a 13 anos de reclus�o, Donadon se entrega e vai para pres�dio no DF

� a primeira pris�o de um parlamentar desde 1988


postado em 29/06/2013 06:00 / atualizado em 29/06/2013 07:25

Até que seja cassado, Natan Donadon cumprirá pena em cela individual no presídio da Papuda (foto: Iano Andrade/CB/D.A Press - 3/4/13)
At� que seja cassado, Natan Donadon cumprir� pena em cela individual no pres�dio da Papuda (foto: Iano Andrade/CB/D.A Press - 3/4/13)
Em uma opera��o cercada de mist�rios, o deputado Natan Donadon, expulso do PMDB de Rond�nia na quinta-feira, se entregou ontem � Pol�cia Federal e est� no pres�dio da Papuda, no Distrito Federal. O parlamentar � o primeiro a ser preso durante o exerc�cio do mandato desde a promulga��o da Constitui��o, em 1988. Ele estava com mandado de pris�o decaretado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde quarta-feira. Condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias de deten��o pelo desvio de R$ 8,4 milh�es da Assembleia Legislativa de Rond�nia, quando exercia o cargo de diretor financeiro, Donadon se apresentou aos policiais federais em um ponto de �nibus, da capital federal. O superintendente da PF no Distrito Federal, Marcelo Mosele, comandava a equipe. � tarde, o deputado seguiu para o Complexo Penitenci�rio da Papuda.

O deputado negociava a rendi��o desde quinta-feira, mas apesar de a Superintend�ncia da PF ter informado que o deputado se apresentaria na tarde daquele dia isso n�o ocorreu. Uma das condi��es da defesa seria n�o expor o parlamentar. Al�m disso, ele queria ser transferido para Rond�nia, onde mora e estado pelo qual se elegeu deputado. O local de cumprimento da pena, no entanto, n�o depende da PF, mas do STF ou da Vara de Execu��es Penais do DF.

Ontem, por volta das 11h, um telefonema selou o acordo e Donadon se entregou ao superintendente da PF no Distrito Federal. Outros tr�s agentes participaram da opera��o. Em seguida, ele foi levado para a sede da corpora��o. De l�, seguiu para a Vara de Execu��es Penais, e, por fim, para a Papuda. Oficialmente, a Pol�cia Federal informou que n�o houve negocia��o.

No pres�dio da Papuda, onde chegou �s 15h20, o deputado ficar� em uma cela comum e ter� os mesmos direitos que os demais presos, a n�o ser o fato de ficar sozinho por ser parlamentar.

J� o futuro pol�tico do deputado ser� decidido na pr�xima semana. Ontem, assim que soube da pris�o, uma equipe da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara seguiu para a superintend�ncia para notificar Donadon sobre o processo de cassa��o do mandato, aberto no mesmo dia que o Supremo expediu a ordem de deten��o. Como o deputado j� havia sido mandado para a Papuda, n�o foi poss�vel entregar o documento em m�os.

Por j� terem sido feitas tr�s tentativas, a notifica��o de Donadon ser� publicada no Di�rio Oficial da Uni�o na segunda-feira e o prazo de cinco sess�es para que ele apresente defesa come�a a valer na ter�a. A expectativa � de que o processo chegue ao plen�rio at� 17 de julho, �ltimo dia de funcionamento da C�mara antes do recesso.

Eleito em tr�s oportunidades para a C�mara, Donadon � considerado um parlamentar de pouca express�o, compondo o chamado baixo clero. Mesmo antes da condena��o, costumava aparecer pouco no plen�rio – geralmente apenas para marcar presen�a e votar –, e n�o costumava ter di�logos mais aprofundados com os colegas.

Reflexo no mensal�o

A decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de mandar para a cadeia o deputado Natan Donadon � um sinal de preocupa��o para os r�us do julgamento do mensal�o, especialmente para os quatro congressistas condenados: Jo�o Paulo Cunha (PT-SP), Jos� Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Embora os processos sejam distintos, a avalia��o de ministros do STF ouvidos pelo Estado de Minas � de que dificilmente eles escapar�o de ser presos. Os recursos devem ser julgados em agosto e advogados temem que a press�o popular pelo combate � corrup��o colabore para que os embargos de declara��o sejam rejeitados e os infringentes nem sequer aceitos, por n�o estarem estabelecidos em lei.

Mem�ria

Fraude em ontratos


Os crimes de peculato (delito praticado por funcion�rio p�blico contra a administra��o) e forma��o de quadrilha foram cometidos por Natan Donadon entre 1995 e 1998, quando ele trabalhava como diretor financeiro na Assembleia Legislativa de Rond�nia. Na �poca, seu irm�o Marcos Donadon era o presidente do �rg�o legislativo. Marcos foi preso na ter�a-feira, em Porto Velho. Os dois cometeram fraudes em contratos de publicidade cujos editais de licita��o n�o eram p�blicos. Al�m disso, as concorr�ncias eram ganhas sempre por tr�s empresas supostamente ligadas ao grupo, que envolvia o deputado, seu irm�o e outras seis pessoas. Natan foi condenado no Supremo Tribunal Federal em 2010 – at� esta semana ele estava em liberdade aguardando julgamento de recursos – por ter ficado com parte dos R$ 8,4 milh�es que foram desviados pela quadrilha. Na ocasi�o do julgamento, a defesa do parlamentar alegou que quando ele foi nomeado os contratos de publicidade j� estavam assinados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)