Os governos federal, estaduais e municipais s�o respons�veis por apenas 42% dos gastos com sa�de no pa�s, enquanto as fam�lias e institui��es sem fins lucrativos respondem pelos 58% restantes. Segundo dados de 2009, os mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), os gastos p�blicos em sa�de representaram 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto os gastos privados alcan�aram 4,9%.
“N�o alcan�amos uma universalidade completa com o Sistema �nico de Sa�de [SUS]. A cria��o do SUS possibilitou a melhoria do acesso da popula��o, mas essa melhoria do acesso ainda n�o � suficiente para cobrir as necessidades de sa�de. Mais da metade dos gastos totais em sa�de no pa�s s�o gastos privados. Os gastos p�blicos n�o alcan�am 50%. Nos pa�ses que t�m realmente sistemas universais de sa�de, os gastos p�blicos correspondem a 80%”, disse L�gia Giovanella, pesquisadora da Escola Nacional de Sa�de P�blica.
Segundo ela, al�m de gastar menos do que as fam�lias, o Estado brasileiro tamb�m gasta menos do que outros pa�ses que possuem sistemas p�blicos universais, como a Espanha, o Reino Unido e a Su�cia, que investem em torno de 7% a 9% do PIB.
“O SUS sofre de um subfinanciamento cr�nico. Quando a popula��o vai �s ruas clamar por mais recursos p�blicos na sa�de, ela tem toda raz�o. Nosso gasto p�blico com sa�de � menor do que 4%. A gente precisa de pelo menos 8% do PIB. Precisamos dobrar os gastos. Nossas riquezas nacionais nos permitiriam ter gastos mais elevados com sa�de”, disse.
De acordo com os �ltimos dados do pr�prio Minist�rio da Sa�de, relativos a 2010, os gastos federais com sa�de representaram R$ 63 bilh�es. Segundo a assessoria de imprensa do Minist�rio da Sa�de, o governo quase triplicou investimentos no setor entre 2002 e 2012, j� que o valor investido na sa�de passou de R$ 28,3 bilh�es em 2002 para R$ 95,9 bilh�es em 2012. Para 2013, h� uma previs�o de aumento para R$ 99,3 bilh�es.
Al�m disso, de acordo com a assessoria, o minist�rio cumpre a Emenda Constitucional 29/2000, que determina que o investimento na sa�de deve ser do mesmo valor do ano anterior, acrescido da varia��o nominal do PIB. De 2008 a 2012, o Minist�rio da Sa�de diz que executou R$ 4,9 bilh�es acima do exigido.
Em nota divulgada pela assessoria, o minist�rio vem adotando uma s�rie de a��es para aprimorar a gest�o e otimizar o uso de recursos do SUS. As medidas incluem compra centralizada de produtos estrat�gicos, negocia��o direta do minist�rio com fornecedores, ado��o de bancos de pre�os internacionais e produ��o nacional de medicamentos por meio de parcerias entre laborat�rios p�blicos e privados.