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Estado de Minas

Dom Cl�udio Hummes: internet permite ao povo se autoconvocar

O arcebispo em�rito de S�o Paulo, dom Cl�udio Hummes, que abriu as portas da igreja do ABC para os trabalhadores no fim dos anos 1970, defende os protestos


postado em 01/07/2013 10:33 / atualizado em 01/07/2013 10:44

O homem que desafiou o regime militar e abriu as portas das igrejas do ABC para os trabalhadores em greve no fim dos anos 1970 e in�cio dos anos 1980 - quando era bispo de Santo Andr� -, d. Cl�udio Hummes, arcebispo em�rito de S�o Paulo, defendeu as manifesta��es que tomaram as ruas do pa�s. “Aqueles que n�o se sentem ouvidos precisam mesmo ir para as ruas”, disse. “O que estamos presenciando � uma forma de realidade muito bonita.”

Hummes falou sobre os protestos na noite de s�bado, 29, no audit�rio do Col�gio S�o Bento, no centro de S�o Paulo, para uma plateia de cat�licos. A palestra foi organizada pelo movimento Comunh�o e Liberta��o. “A internet, as redes sociais facultam ao povo a possibilidade de se autoconvocar, sem a necessidade de l�deres ou de sindicatos”, comentou o cardeal. “Por isso s�o manifesta��es por natureza sem l�deres fortes e permanentes.”

Hummes afirmou que � preciso “aprender a lidar” com esses eventos. “Nem os sindicatos nem o governo est�o sabendo lidar com isso”, pontuou, citando a pesquisa do Datafolha - que mostrou queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), de 57% para 30% - como prova de que as autoridades n�o est�o sabendo responder corretamente os clamores dos manifestantes. “Isso � eficaz. A sociedade conseguiu se expressar e est� obtendo muitas vit�rias. � muito bom”, disse.

Ele condenou, entretanto, a viol�ncia e o vandalismo nas manifesta��es. “� um custo social. Sempre tem quem aproveite a oportunidade. E a pol�cia, a seguran�a p�blica t�m de aprender a lidar com isso tamb�m. Enfim, � uma escola: com o tempo, todos v�o aprendendo a lidar com esse fen�meno novo, que veio para ficar e para somar com a democracia”, afirmou.

“O Estado n�o pode pretender que a sociedade esteja a servi�o dele. O Estado � que est� a servi�o de um povo.” O cardeal tamb�m disse que a “revolu��o” contida nos Evangelhos “n�o contradiz esse tipo de fen�meno”. “A mensagem de Cristo tem tudo a ver com essa reivindica��o do povo. Por isso temos de estar presentes. Na rua a gente evangeliza de fato.”


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