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Estado de Minas

Presidente Dilma Rousseff tem 10 desafios para enfrentar em 90 dias

Os pr�ximos tr�s meses s�o definitivos para que a presidente recupere a for�a pol�tica. As barreiras, por�m, s�o cada vez maiores, principalmente pela falta de solidariedade da base


postado em 08/07/2013 00:12 / atualizado em 08/07/2013 07:12

Karla Correia e Denise Rothenburg

Para recuperar o favoritismo para a disputa em 2014 Dilma Rousseff terá que cumprir uma série de tarefas(foto: Roberto Stuckert Filho/Agencia Brasil )
Para recuperar o favoritismo para a disputa em 2014 Dilma Rousseff ter� que cumprir uma s�rie de tarefas (foto: Roberto Stuckert Filho/Agencia Brasil )

Bras�lia – O prazo do 5 de outubro estipulado pela legisla��o eleitoral e adotado pela presidente Dilma Rousseff para que se emplaque uma reforma pol�tica com efeitos sobre as elei��es de 2014 tamb�m pode ser entendido como um limite para a petista reconstruir o caminho para viabilizar seu nome como candidata � reelei��o no pr�ximo ano. Na pr�tica, Dilma tem uma sequ�ncia de tarefas a cumprir nos pr�ximos 90 dias se quiser recuperar o favoritismo com que contava no in�cio do ano para a disputa pelo Pal�cio do Planalto.

Diante de um Legislativo cada vez mais distante, a presidente tem investido no di�logo com governadores e prefeitos e buscado nos movimentos sociais o caminho para emplacar a proposta de reforma pol�tica e pressionar o Congresso a ceder � sua agenda. O projeto de reforma ganha import�ncia tanto para apresentar para a sociedade um caminho que v� ao encontro das demandas apresentadas nas ruas quanto para dar � administra��o de Dilma uma marca pr�pria, algo que a presidente at� hoje n�o conseguiu imprimir.

A aus�ncia de uma resposta satisfat�ria para os movimentos que tomaram o pa�s desde o m�s passado � hoje um dos principais obst�culos a serem superados pela presidente. At� o momento, a estrat�gia adotada com a proposta do plebiscito para validar a reforma pol�tica n�o s� falhou em atender �s demandas dos manifestantes como ainda agravou o abismo criado entre o Planalto e a base de sustenta��o do governo no Congresso. A maior parte das legendas aliadas se levantou contra a possibilidade de uma reforma que altere as regras do jogo para 2014, o que levou um constrangido vice-presidente Michel Temer a declarar a proposta enterrada, apenas para horas depois reafirmar a disposi��o do governo em trabalhar pelas mudan�as valendo, sim, para o pr�ximo ano.

Al�ado, durante a semana passada, � posi��o de um dos principais articuladores entre governo e Legislativo no debate sobre o plebiscito, Temer n�o foi chamado para a reuni�o entre presidente e ministros que, no s�bado, discutiu a consulta popular e os rumores sobre uma iminente reforma ministerial. O fato n�o passou despercebido pela c�pula do PMDB, legenda do vice-presidente. “A impress�o que d� � que a presidente, em vez de jogar para aproximar, est� decidida a escantear ainda mais o partido”, critica um cacique peemedebista irritado com a postura de Dilma. O atrito entre a presidente e o PMDB � o ponto mais grave do segundo obst�culo que a presidente ter� de superar: a desarruma��o da base aliada.

Foi esse o sentido do apelo que Dilma fez, na semana passada, � bancada do PT na C�mara. L�der da legenda na Casa, o deputado cearense Jos� Guimar�es admitiu em p�blico que “a viola desafinou” na articula��o pol�tica entre governo e partidos aliados. Nos bastidores, os motivos mais citados s�o as dificuldades de relacionamento com a ministra das Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, e a a��o de caciques do PMDB apontados como “sabotadores” dentro da base: o l�der da sigla na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), mais os presidentes da C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL). Isolar o fogo amigo que parte de dentro do PMDB � mais uma meta para a presidente cumprir at� outubro, sob pena de perder ainda mais terreno dentro do Congresso.

No Planalto, o entendimento � que o principal combust�vel para as insurrei��es dentro da base aliada � a perda de popularidade da presidente diante da onda de manifesta��es. Sob o impacto dos protestos, a sustenta��o de uma alian�a pela reelei��o de Dilma se desmancha a olhos vistos, o que faz da revers�o da queda vertiginosa que tem sofrido nas pesquisas uma das principais tarefas que a presidente ter� de cumprir.

Para tanto, a t�o desejada resposta �s ruas dever� vir acompanhada de uma guinada na condu��o da economia que garanta a reconquista da confian�a do mercado. Os rumores na Esplanada j� apontam para uma mudan�a iminente na composi��o da equipe ministerial, sobretudo na �rea econ�mica, onde o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sofre uma crise de credibilidade, mas tamb�m no n�cleo pol�tico, onde Ideli Salvatti � o nome mais cotado para deixar o governo. Dilma, contudo, veio a p�blico no s�bado para afirmar que n�o far� altera��es em sua equipe t�o cedo, o que deixa uma janela para que a reforma ministerial seja realizada apenas para cumprir o prazo de desincompatibiliza��o dos ministros que disputar�o cargos em 2014.

 
 OS OBST�CULOS DE DILMA

1-    Dar uma resposta satisfat�ria para as ruas
2-    Rearrumar a base
3-    Isolar os sabotadores
4-    Reverter a queda na popularidade
5-    Consolidar-se como presidente candidata
6-    Ganhar a confian�a do mercado
7-    Aproximar-se dos movimentos sociais
8-    Abrir di�logo com governadores e prefeitos
9-    Criar uma marca para seu governo
10-    Tocar a reforma ministerial


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