Pressionada a fazer uma reforma na equipe para garantir a governabilidade, a presidente Dilma Rousseff avisou ao PT e ao PMDB que n�o entregar� minist�rios com “porteira fechada” a nenhum partido da base aliada e disse n�o ter pressa para mudan�as na equipe. A f�rmula que permite a ocupa��o linear de todos os cargos de um minist�rio pela mesma legenda foi sugerida a Dilma como forma de compensar eventual corte de pastas, em resposta aos protestos de rua, mas ela n�o deu chance para a cobran�a.
Inconformada com as cr�ticas � articula��o pol�tica do governo, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez um desabafo a um colega, logo ap�s a reuni�o. “Esse pessoal critica a articula��o pol�tica do governo, mas vive deixando um curr�culo e um pedido de cargo na minha mesa. Eu n�o fa�o esse tipo de articula��o pol�tica.”
A redu��o do n�mero de minist�rios - hoje em 39 - foi proposta a Dilma por congressistas e dirigentes do PT e do PMDB, nos �ltimos dias, por ser considerada uma medida de marketing para ado�ar a opini�o p�blica.
O PMDB do vice Michel Temer reclama de estar sub-representado na Esplanada, com seis minist�rios - Minas e Energia, Agricultura, Previd�ncia, Turismo, Avia��o Civil e Defesa - enquanto o PT controla 18.
Mesmo assim, em conversas reservadas, peemedebistas dizem que aceitam trocar minist�rios menos robustos por diretorias da Petrobr�s, de Furnas e da Eletrobr�s. Querem, ainda, autonomia para nomear seus indicados “de cima at� embaixo” nas pastas que comandam.
Dilma, por�m, se recusa tanto a cortar minist�rios, nesse momento, como a conceder o que no jarg�o pol�tico se chama de “porteira fechada”, incluindo as diretorias de estatais. At� agora, ela prefere insistir no plebiscito sobre a reforma pol�tica para reverter o desgaste a investir na redu��o do tamanho da m�quina p�blica.