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Estado de Minas

Para Marina, Dilma n�o entendeu 'esp�rito da �poca'

Para a ex-ministra, � preciso saber aproveitar melhor essa "energia que vem das ruas"


postado em 17/07/2013 20:13 / atualizado em 17/07/2013 20:33

(foto: José Cruz/ABr)
(foto: Jos� Cruz/ABr)

A ex-ministra Marina Silva afirmou nesta quarta-feira que j� previa as manifesta��es que ocorreram em cidades do Pa�s todo no m�s passado. "Se eu digo que eu fiquei surpresa estaria mentindo, se digo j� sabia pare�o pretensiosa, mas eu prefiro ser uma pretensiosa injusti�ada", disse, ao participar do debate sobre reforma do sistema pol�tico promovido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em S�o Paulo.

Marina disse que h� pelo menos tr�s anos vem dizendo que havia essa "borda encapsulada no Brasil". "E acontece em todas as partes do mundo", completou. "Eu acho que esse desconforto da presidente (Dilma Rousseff) com as manifesta��es seria menor se ela entendesse que esse � um esp�rito de uma �poca", afirmou.

Para a ex-ministra, � preciso saber aproveitar melhor essa "energia que vem das ruas". "O que as pessoas est�o dizendo � que elas querem um mundo melhor", disse. Marina destacou ainda que foi muito significativo as manifesta��es come�arem na �poca da Copa das Confedera��es. "� um avan�o de consci�ncia pol�tica muito importante." A consolida��o desse movimento, destacou a ex-ministra, aponta para o surgimento de um novo sujeito pol�tico, "que n�o pode ser resumido a uma pauta de reivindica��es", disse, citando as manifesta��es das centrais sindicais.

De acordo com Marina, s� ser� poss�vel atender a esse novo sujeito pol�tico com a cria��o de uma agenda estrat�gica no Pa�s. "A ideia da reforma pol�tica � correta, mas ela virou uma mini reforma", disse, criticando a n�o indica��o de Henrique Fontana (PT-RS) para presidir o grupo de trabalho que vai elaborar uma proposta de reforma pol�tica. O coordenador do grupo � o deputado C�ndido Vaccarezza (PT-SP), indicado pelo presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O deputado ga�cho foi relator da �ltima proposta de reforma pol�tica que tramitou na Casa.

Marina refor�ou que esse processo de manifesta��es n�o deve desaparecer porque "algu�m resolveu colocar um mecanismo de freio", disse. "As pessoas que se movem t�m ideal da causa e tem algo novo, que � o componente do prazer, de algo vivencial, elas est�o emprestando seus corpos e falas para esse movimento."

Debate

Eug�nio Bucci, professor da Escola de Comunica��es e Arte ECA/USP, presente no debate, fez cr�ticas � resposta da presidente Dilma �s manifesta��es. Segundo ele, o primeiro pronunciamento de Dilma em cadeia nacional refor�ou que "h� uma fragilidade maior do que sup�nhamos no centro pol�tico do Pa�s." "A presidente vinha h� dois anos tentando se alicer�ar na alian�a com o PMDB, no pr�prio PT e no ex-presidente Lula", disse. Segundo ele, ficou claro que falta a Dilma uma base de autoridade natural. "Ela teve uma entrada artificial no poder, que agora cobrou o seu pre�o", afirmou.

Al�m da ex-ministra e de Bucci, participaram do evento o presidente do Conselho Diretor do IDS, Jo�o Paulo Capobianco, Carlos Nepomuceno, jornalista e doutor em Ci�ncia da Informa��o pela Universidade Federal Fluminense, Jos� Moroni, fil�sofo e membro do colegiado de gest�o do Instituto de Estudos Socioecon�micos, e Vladimir Safatle, professor da USP e doutor em filosofia.


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