O governador de Pernambuco Eduardo Campos, poss�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSB, acredita que h� conota��o pol�tica na den�ncia sobre suspeita de superfaturamento de contratos do seu governo com a empresa Ideia Digital, que levou a Pol�cia Federal a pedir abertura de investiga��o ao Minist�rio P�blico do Estado.
"A primeira preocupa��o � de esclarecer e n�o desqualificar o que est� sendo colocado, ter a aten��o de responder � sociedade com tranquilidade e com presteza", afirmou ele, depois de explicar que nada foi provado em rela��o a Pernambuco. "Agora, ningu�m aqui � inocente para achar que n�o tem interesse pol�tico", complementou para repetir "ningu�m � inocente".
De acordo com a den�ncia, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, a suspeita � de financiamento ilegal para campanhas do PSB. Em Pernambuco, a Ideia Digital assinou contrato no valor de R$ 77,5 milh�es para informatizar escolas no Estado, atrav�s de contratos realizados em 2011 e 2012.
"A Pol�cia Federal n�o fala, n�o prova, n�o comprova absolutamente nada em rela��o a Pernambuco", afirmou em entrevista depois de participar de evento da 65. Reuni�o da Sociedade Brasileira da Ci�ncia e Tecnologia (SBPC), no campus da Universidade Federal de Pernambuco.
"O inqu�rito foi lido por advogados do Estado e por controladores de carreira que estavam dedicados a este trabalho por iniciativa do governo pernambucano", frisou. "Tudo o que cabia fazer, foi feito".
Ele lembrou que a empresa presta servi�os a diversos �rg�os e que assim que surgiu a suspeita, o governo acionou a Controladoria Geral do Estado e reteve os cerca de R$ 18 milh�es que ainda n�o tinham sido pagos � Ideia Digital. A Controladoria conclui seu trabalho de investiga��o em um m�s. O acesso ao inqu�rito da PF foi solicitado depois da divulga��o da den�ncia.
Indagado se a den�ncia n�o respinga no PSB, devido � suspeita de envolvimento do seu correligion�rio, o governador da Para�ba, Ricardo Coutinho, Campos afirmou que Coutinho � o maior interessado em esclarecer a quest�o e que nada foi comprovado em rela��o ao paraibano, que qualificou de "homem s�rio, honrado de vida p�blica combativa".
Os recursos foram do Minist�rio da Ci�ncia & Tecnologia. Ministro na �poca dos contratos, em 2009, S�rgio Rezende disse n�o ter conhecimento do caso e se disse tranquilo. "Tudo que assinei teve parecer t�cnico e jur�dico", afirmou. "Se houve algum problema foi com o executor".
O atual ministro da C&T, Marco Antonio Raupp, tamb�m presente � 65 reuni�o da SBPC, n�o quis falar com a imprensa.