
Mostrado em rede nacional pela TV orientando candidatos sobre como se faz para comprar o voto do eleitor, o deputado federal Aelton Freitas (PR/MG) divulgou nota em que se defende das acusa��es. Ele diz ter sido procurado por algu�m - que ele n�o revela, que tentou lhe vender o DVD exibido antes que fosse parar na televis�o. "Repeli a negociata n�o aceitando o jogo sujo dos chantagistas".
Sobre o trecho em que ensina os candidatos a difamarem seus advers�rios para ganharem uma elei��o, o deputado n�o desmente e at� defende a pr�tica. "� direito da popula��o saber as qualidades e defeitos dos candidatos", afirma em um trecho do extenso texto. Na sequ�ncia, ele dispara contra a imprensa: "A criminaliza��o da atividade pol�tica, empreendida com indisfar��vel f�ria por parte da m�dia, � um desservi�o � democracia...".
Freitas garante que todos os votos que recebeu nas elei��es que j� participou foram frutos de suas a��es em benef�cio de Minas Gerais. E cita o ex-vice-presidente Jos� Alencar, morto em 2011, e do qual assumiu a vaga de suplente quando o mesmo era senador. "Dei continuidade ao seu mandato e ao trabalho em favor de Minas e dos mineiros", afirma.
J� com rela��o a frases pol�micas que fala no v�deo, feito em Capetinga (MG) em setembro passado e exibido esta semana no Fant�stico (TV Globo), ele alega que foram ditas "no calor da campanha eleitoral de 2012". Entre outras coisas, o deputado ensina um ex-candidato a prefeito de Capetinga a distribuir cart�ezinhos que dariam direito depois a dinheiro, tipo R$ 100, como cita o pr�prio parlamentar. Mas o pagamento se daria somente ap�s a vit�ria nas urnas.
Investiga��o
A nota emitida por Aelton Freitas teve o apoio do Diret�rio Municipal do PR de Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, onde est� a sua base eleitoral. O partido se manifestou em defesa do parlamentar tamb�m atrav�s de nota o que, no entanto, n�o o livra de responder pelo ato.
Uma investiga��o j� foi iniciada pelo promotor eleitoral da Comarca de C�ssia (MG), Gilson Walmir Falcucci, respons�vel por Capetinga, local do encontro entre o deputado e correligion�rios. C�pia do v�deo tamb�m foi encaminhada � Procuradoria Geral da Rep�blica, em Bras�lia, ao mesmo tempo em que a quest�o � analisada ainda pelo Conselho de �tica da C�mara Federal.