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Estado de Minas

Governador do Rio tornou-se persona non grata no Pal�cio do Planalto

A continuidade dos protestos de rua no Rio e a divulga��o de epis�dios pessoais desabonadores derrubaram a popularidade de S�rgio cabral


postado em 30/07/2013 08:01 / atualizado em 30/07/2013 08:56

Rio - Visto como principal parceiro do Planalto na realiza��o dos grandes eventos - a Copa do Mundo e a Olimp�ada -, o governador do Rio, S�rgio Cabral (PMDB), tornou-se rapidamente um aliado inc�modo do governo. A continuidade dos protestos de rua no Rio e a divulga��o de epis�dios pessoais desabonadores derrubaram sua popularidade e levaram a presidente Dilma Rousseff a discutir com auxiliares uma forma de, sem constrangimentos, distanciar-se do peemedebista.

Mas a estrat�gia exige cuidados. Como lembra um auxiliar direto da presidente, o Planalto n�o pode escancarar esse isolamento de Cabral - afinal, os dois estar�o lado a lado, como dita a agenda oficial, em muitas cerim�nias relativas � organiza��o dos dois grandes eventos esportivos. No m�s passado, no Rio, a presidente disse a Cabral, em discurso: “Estamos juntos”. Se o distanciamento vier de forma brusca e r�pida, h� um alto risco de o efeito pol�tico, para Dilma, ser exatamente o oposto.

Alguns auxiliares e ministros pr�ximos da presidente n�o veem raz�o para prosseguir com os encontros marcados por gentilezas e afetos. O governador, admitem, entra nos dois anos finais de mandato em uma situa��o “dram�tica”. A pesquisa CNI/Ibope da semana passada, ao mostrar que s� 12% dos entrevistados avaliam Cabral como �timo ou bom, indicou tamb�m que � justamente no Rio que Dilma tem a sua pior avalia��o no Pa�s - 19% de aprova��o.

Em conversas mantidas antes da pesquisa, a presidente definiu o discurso com seus ministros - a ideia era n�o se pronunciar sobre a repress�o policial aos protestos do Rio. O Planalto avaliou que essa era a melhor forma de n�o “pular do barco” pilotado por Cabral e, ao mesmo tempo, de evidenciar que a viol�ncia nas ruas, criticada por muitos, era problema estadual. Um ministro pr�ximo de Dilma chegou a avaliar, em um encontro com ela, que a m� condu��o de Cabral na crise - com o uso abusivo da pol�cia - ao menos diminuiria a press�o do governador de tentar ser o vice na chapa do PT na elei��o presidencial do pr�ximo ano.

Outro cuidado, nas tarefas di�rias do Planalto, era evitar um racha com Cabral ap�s a decis�o do diret�rio do PT fluminense de lan�ar candidato � sucess�o estadual - o senador Lindbergh Farias. H� tempos Cabral havia acertado com o Planalto o apoio, em 2014, ao seu vice, Luiz Fernando Pez�o (PMDB).

Apoio em baixa

O apoio � alian�a com o governador n�o tinha sido abalado, na avalia��o do Planalto, pelos epis�dios que o aproximavam do empres�rio Fernando Cavendish, ent�o dono da Delta Constru��es, que mantinha contratos com o governo do Estado. Cabral e Cavendish foram fotografados em cenas deselegantes, com guardanapos na cabe�a, em um restaurante em Paris, e viajaram juntos com suas fam�lias para Porto Seguro.

Essa avalia��o come�ou a mudar no m�s passado, com a viol�ncia na rua, os protestos diante de sua casa e as den�ncias de que usava um luxuoso helic�ptero oficial para viagens de fim de semana. Numa coletiva para se explicar sobre a compra do aparelho - parte da “agenda positiva” do Planalto - o governador n�o gostou das perguntas e foi embora, deixando sozinhos os ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades).

O constrangimento foi relatado a Dilma, que no momento prepara um evento para formalizar a anunciada ajuda de R$ 50 bilh�es para Estados e munic�pios. O lugar de Cabral no evento est� garantido - mas numa cadeira afastada do palco.

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