
Outros 130 projetos apresentados por vereadores foram sancionados pelo Executivo - 84% das propostas s�o denomina��es de ruas e pra�as ou cria��o de datas comemorativas. O calend�rio oficial de S�o Paulo ganhou, por exemplo, o dia do perd�o e do futebol de v�rzea. A compara��o com o mesmo per�odo de 2009 mostra que, mesmo exercendo o cargo havia dois anos, nem Kassab conseguira tamanha ades�o. Foram 20 leis do Poder Executivo aprovadas na ocasi�o. A explica��o est� no tamanho da atual base governista. Haddad tem o apoio de 42 dos 55 vereadores. Kassab tinha 39 aliados.
Com maioria folgada, o petista pautou os trabalhos da C�mara no semestre passado e em tempo recorde. Em abril, por exemplo, o prefeito conseguiu aprovar em primeira vota��o um pacote que autorizou o Executivo a criar mais 348 cargos comissionados, quatro novas secretarias, uma subprefeitura e a Controladoria-Geral do Munic�pio. O aval foi dado menos de 48 horas ap�s o projeto ser protocolado.
Para o secret�rio municipal de Rela��es Governamentais, Jo�o Antonio (PT), o bom resultado obtido pelo governo � fruto de um relacionamento harmonioso entre as esferas de poder e reflexo das demandas da cidade. “N�s temos pressa em governar. H� muitos temas a serem debatidos. Se a C�mara continuar contribuindo, a vis�o que a popula��o tem da Casa vai melhorar”, diz.
Respons�vel por fazer a “ponte” entre o Executivo e o Legislativo, Antonio criou a pr�tica de negociar os projetos dos vereadores antes de eles serem votados. “Isso facilita o trabalho e impede o desgaste do veto.” Para o presidente da C�mara, Jos� Am�rico (PT), o mesmo ritmo ditar� os trabalhos at� o fim do ano. “J� h� acordo entre os parlamentares para a vota��o de ao menos uma lei de cada um. E os novatos ser�o contemplados”, assegura o petista. Nos primeiros meses do ano, somente seis conseguiram emplacar alguma lei.
Gabinete
Para a oposi��o, o semestre apenas revelou a disposi��o de Haddad em “atropelar” o trabalho da C�mara Municipal em benef�cio pr�prio. “O governo agiu com muita gana para passar seus projetos, considerando o Legislativo uma extens�o do gabinete do prefeito”, diz Ricardo Young (PPS). Al�m do PPS, apenas o PSDB e o PSOL n�o votam com a base aliada do prefeito